Gestão de negócios: Barreira de competência
O acompanhamento do ciclo de vida do produto tem se tornado cada vez mais um diferencial entre empresas consideradas de classe mundial.
Notícias
Indústria 4.0
Sergio Zarat do Couto, engenheiro de produção, iniciou sua vida profissional em 1970, depois de concluir o curso técnico em mecânica de produção em Piracicaba SP, sendo da primeira turma da região, e o Senai em Santa Barbara D’Oeste SP em mecânica geral, estudou engenharia de produção na Faculdade de Engenharia Civil e Industrial de Itatiba, formando de 1977.
Em 1970 iniciou a carreira profissional como estagiário em uma grande empresa de Santa Barbara D’Oeste SP, e recebeu a missão da direção operacional de ajudar na implantação dos fundamentos de tempos e métodos de Frederick Taylor, Indústria 2.0 iniciada por Ford na fabricação de carros em 1929. A cronoanálise era o objetivo principal, como forma de ter uma visibilidade dos tempos de fabricação e implantar o controle de produção, PCP, para a análise do carregamento das máquinas. Nessa época foi implantado um computador pela IBM, com COBOL ,com a finalidade de ajudar a área administrativa, contábil e financeira e eventualmente a área de fabricação. Esse trabalho foi implantado em 1973, com os fundamentos do MRP(Material Requirement Planning), cuja finalidade era controlar o estoque e gerar necessidade de compras e fabricação.
Em 1973, passou, já especializado em métodos e processos de fabricação, para a área de engenharia de vendas, onde se realizavam estudos de processos para os mais diversos clientes no Brasil e das mais diversas atividades, era a época da substituição de importação, um programa do governo brasileiro.
Nesse setor, com a convivência, ao vender um equipamento, com a garantia do processo proposto, ganhou grande experiência, com métodos e processos para indústria automobilística, agrícola, material bélico, aeronáutico, ferramentarias etc.
Com o advento da entrada das máquinas CNC, na década de 70, início da indústria 3.0, entendeu a onda como sendo de grande diversidades de produtos, e redução do tamanho de lotes de fabricação, o que complicou a gestão da indústria de transformação, reduzindo a produtividade, uma vez, que estavam preparados para trabalharem com máquinas automáticas com altos tempos de preparação(setup) e com itens não superiores a 3. Entrava a era da flexibilidade, onde a indústria de transformação teria conviver com lotes inferiores a 50 peças, grande variedades de produtos, terminava o tempo de economia de escala e um novo conceito entrava, que era a economia de escopo.
Em 1988 foi para o Japão para conhecer de perto o “Sistema Toyota de Produção” de Taichi Ohno e Shigeo Shingo com seu sistema de flexibilidade baseado em 1 digito, até 9 minutos de preparação(setup) para mudar de um item para outro.
Nascia a filosofia Just-In-Time, e seu sistema Kanban entre outros, como ganhador de pedidos, e com isso o Japão dominou o mundo, principalmente a indústria automobilística e de eletrodomésticos, oferendo uma grande variações de produtos no tempo que o cliente desejava, com alta qualidade e preços relativamente baixos, em função de custos baixos de fabricação. Os japoneses conseguiram com isso conciliar os fundamentos de produtividade e flexibilidade, até então, considerados complicados.
Ao retornar do Japão, ajudou a fundar um Núcleo de Difusão de Tecnologia, cujo objetivo foi difundir a tecnologia CNC como agente de mudança cultural entre a indústria 2.0 e a 3.0, para uma manufatura responsiva. As máquinas CNC passaram a ser a grande propulsora de um sistema flexível com baixos tempos de preparação.
Em 2009, começou a estudar os fundamentos da fábrica inteligente, uma vez que observou que a grande variedades de produtos caminhava para a customização em massa, que levaria para a necessidade de fabricação de lotes unitários. As empresas começaram a oferecer produtos personalizados via internet, e isso passou a ser o grande desafio de gestão.
Em 2016/2017, convidado por uma amigo Diretor do Senai “Alvares Romi” em Santa Barbara D’Oeste SP, começou a montar uma fábrica piloto com os fundamentos da indústria 4.0, que foi concluída com sucesso com alto índice de produtividade fabricando um produto com 14.000 variações e lote unitário, com eficiência de 90% sem robô. Foram 02 anos de observação e experimentação em um laboratório com simulação em tempo real. As pessoas podiam desde seu smartphone solicitar a fabricação de uma determinada peça e fazer o acompanhamento da fabricação em tempo real. Estava dado o início dos fundamentos e da construção da indústria 4.0, ensinando que isto seria feito de maneira evolutiva e não disruptiva com sugeria os alemães.
Sendo assim este autor conviveu, em seu devido tempo, com 3 “revoluções industriais”, agora ajudando a construir a indústria 4.0, com quase 50 anos de atividades profissional e em plena atividade.
Atualmente atua como consultor e palestrante sobre indústria 4.0 e conselheiro de algumas empresas brasileira.
Artigos
O acompanhamento do ciclo de vida do produto tem se tornado cada vez mais um diferencial entre empresas consideradas de classe mundial.
Faça seu login
Ainda não é cadastrado?
Cadastre-se como Pessoa física ou Empresa