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A indústria de transformação paulista demitiu 52,5 mil pessoas em 2012, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O número representa queda de 2% no nível de emprego na comparação com 2011 e é o segundo pior resultado da série histórica iniciada em 2006.
Essa foi a segunda queda consecutiva, depois de recuo de 0,1% em 2011, ante 2010. A previsão da Fiesp é que o nível de emprego cresça 1,6% neste ano. "A indústria trabalha com folga e, por isso, a recuperação será inferior à perda de 2012. O setor preferiu manter o estoque elevado de trabalhadores em 2012 para não arcar com o custo da rescisão e a dificuldade de encontrar mão de obra", disse Paulo Francini, diretor da entidade.
Segundo a Fiesp, um resultado atípico do setor sucroalcooleiro contribuiu para que o desempenho do emprego industrial no Estado não fosse pior. O nível de emprego no segmento aumentou 0,31% em 2012, com saldo positivo de 8.126 vagas. Sazonalmente, esse setor demite no fim do ano. Os demais setores registraram queda de 2,32% no nível de emprego em 2012, fechando 60.626 vagas.
Entre os 22 setores da indústria paulista pesquisados, 16 demitiram e seis contrataram em 2012. Os segmentos que mais demitiram em 2011 foram veículos automotores, reboques e carrocerias, com o fechamento de 12.776 vagas (queda de 4,4% na comparação com 2011), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9.614 vagas, ou queda de 5,6%), e produtos de metalurgia, exceto máquinas e equipamentos, com 9.065 demissões (queda de 4,0%).
Na outra ponta, contratando, estão os setores de produtos alimentícios, com alta de 1,6% e 5.627 vagas a mais, e produtos químicos, com aumento de 1,9%, com 2.652 vagas adicionais. Na passagem de novembro para dezembro, sem ajuste sazonal, houve queda de 2,52% no nível do emprego na indústria paulista.
Por Carlos Giaffoni/ Valor Econômico
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