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A demanda por máquinas e equipamentos para construção pesada passa por forte expansão, movimento que deve se acelerar com a execução de obras aguardadas para as Olimpíadas, Copa do Mundo, além da construção de grandes usinas hidrelétricas. Por essa necessidade de novas tecnologias que possam suprir as necessidades da indústria de bens de capital do país, muitas empresas estão desenvolvendo novos produtos, em diversos segmentos.
A Air Liquide, empresa francesa especializada na área de gases industriais, é um exemplo dessa busca. Durante o seminário sobre fabricação pesada, realizado pela Lincoln Electric, empresa do segmento de soldagem, apresentou suas tecnologias voltadas à aplicação de gases nas indústrias de bens de capital.
“Em solda semi-automática, o emprego do uso de gás tem crescido significativamente, principalmente em países em desenvolvimento. A tendência é continuar”, afirma José Antonio Cunha, gerente da área de Automotiva e Fabricação da Air Liquide Brasil.
No seminário, as duas empresas apresentaram suas tecnologias de soldagem para o segmento de veículos extra-pesados, como guindastes, escavadeiras e gruas para construção e mineração. O destaque ficou para os processos de soldagem em que os gases são mais utilizados, como o GMAW (Gás Metal Arc Welding) e o Arame Tubular.
“Apresentamos uma técnica de soldagem em arame sólido que é o que há de mais moderno no setor”, diz Francisco Ruão, gerente nacional de vendas da Lincoln Electric. Ruão explica que entre 45% e 50% do faturamento mundial da empresa vem de produtos lançados nos últimos cinco anos, exigindo um ritmo de inovação constante.
De acordo com José Antônio Cunha, da Air Liquide, os gases representam 2% do custo total no processo de soldagem na indústria. “O gasto é pequeno e os benefícios são muitos, como o aumento da produtividade, melhores condições ambientais para o soldador e a queda significativa na perda de metal via respingos”, diz.
Segundo Cunha, existem dois tipos de misturas de argônio/CO2 que abrangem mais de 70% das aplicações de soldagem dos aços carbono. São as misturas com 18% de CO2 com 82% de Ar e, o outro, 92% de Ar com 8% de CO2. “A primeira é usada em aplicações onde se necessita alta eficiência da junta em espessuras maiores, enquanto que a segunda é mais indicada para aplicações mais delicadas”.
As soluções da Air Liquide para o processo GMAW apresentadas no evento foram o Arcal 21 e Atal, misturas de CO2 e Ar. O Arcal 21 foi considerado uma boa opção para soldas em spray e pulsada, tanto com arame sólido quanto Metal Cored, enquanto o Atal se destina a soldas mais pesadas e aplicadas com arame tubular.
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