Petrobras faz 1º teste de combustível "mais limpo" em embarcação

A fração renovável do novo combustível tem o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A Petrobras realizou no fim de dezembro o primeiro abastecimento de bunker com conteúdo renovável no país. No Terminal de Rio Grande (Terig), no Rio Grande do Sul, a embarcação Darcy Ribeiro, da Transpetro, foi abastecida com o novo combustível com menor pegada de carbono, uma mistura de 90 % em volume de bunker de origem mineral e 10 % em volume de biodiesel. O objetivo do teste é avaliar o uso do bunker com conteúdo renovável durante dois meses e os desafios logísticos associados ao uso do produto.

A fração renovável do novo combustível tem o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em relação ao bunker, quando considerado o ciclo de vida completo. O percentual estimado de redução de emissões de CO2 equivalente dessa mistura é de cerca de 7%.

Testes em laboratório confirmam viabilidade da mistura

Na primeira etapa do projeto, durante os testes realizados no laboratório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), não foram observados impactos no atendimento às principais propriedades da especificação do bunker.  

As avaliações da qualidade de queima e da estabilidade da mistura indicaram a aprovação para o teste de campo em embarcação marítima. 

A IMO (International Maritime Organization), agência da ONU responsável pelas medidas de melhoria da segurança no transporte marítimo internacional e pela prevenção da poluição de navios, tem a meta de reduzir, até 2050, as emissões absolutas de gases do efeito estufa do setor em, pelo menos, 50% (em relação a 2008).

Entre as principais medidas que podem ser adotadas está o uso de combustíveis marítimos com mistura de componentes renováveis, que é uma das soluções em desenvolvimento pela Petrobras.  

Investimento em projetos de baixo carbono

A Petrobras vai investir US$ 4,4 bilhões em projetos com foco na transição energética direcionados a iniciativas em baixo carbono, de acordo com o novo Plano Estratégico para o período de 2023 a 2027. “Estamos trabalhando uma nova geração de produtos e combustíveis mais eficientes e com menores emissões de gases de efeito estufa, em sintonia com as demandas da sociedade.  O desenvolvimento do bunker com conteúdo renovável é um exemplo do nosso comprometimento com a transição para um futuro de baixo carbono”, afirma o gerente executivo de Comercialização no Mercado Interno, Sandro Barreto.


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