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Como as questões ESG vêm sendo tratadas dentro das empresas? Quais são os principais desafios do mercado brasileiro neste sentido? Estas são as principais questões levantadas pela nova pesquisa da Bravo Research, braço de Insights e Inteligência da Bravo GRC, consultoria em tecnologia especializada em Governança, Riscos, Compliance e ESG. O estudo mostra que, apesar do tema estar muito em voga, as organizações ainda estão desbravando a sigla e compreendendo como ela impacta no dia a dia de pessoas e empresas.
A pesquisa, intitulada "Visão do Mercado Brasileiro sobre os Aspectos ESG", entrevistou 139 executivos, dentre os quais 84% são líderes e gestores de médias e grandes companhias, com 68% deles tendo idade superior a 45 anos, profissionais estes que atuam nos mais diferentes ramos de atividade como Varejo, Indústria, Tecnologia, Educação e Instituições Financeiras. “A necessidade de implementação e adoção dos aspectos ESG é notoriamente cada vez maior. Em tempos de COP26, muitos dos temas que levarão à transformação do nosso futuro passam pelas práticas e estratégias adotadas pelas empresas, organizações e sociedade. Não há caminho fácil, mas ele tem de ser perseguido nas pequenas atitudes frequentes, pois assim alcançamos resultados melhores e contínuos. A pesquisa traz luz sobre como essas atitudes poderão ocorrer, especialmente nas empresas”, afirma Claudinei Elias, CEO da Bravo GRC.
Cerca de 93% dos respondentes afirmam que a temática e as boas práticas de sustentabilidade podem proporcionar ganhos à organização como a valorização da empresa, fortalecimento de cultura, proximidade e conexão com seus clientes, consumidores, colaboradores e investidores. No entanto, 54% deles ainda não possuem uma área dedicada ao ESG, e ainda há uma parcela de 63% que não souberam quantificar a pretensão de investimentos. “Tudo começa pela Governança, sem a qual haverá mais riscos do que benefícios, nas ações e investimentos em ESG. E, nós da Bravo GRC, podemos ajudar neste sentido”, avalia Hugo Bethlem, CPO da empresa.
O estudo mostra que há uma vontade cada vez maior e crescente dentro das organizações. Dentre as empresas que ainda não possuem uma área dedicada, que tem o papel de coordenadora e facilitadora da agenda ESG, pois todas as áreas são responsáveis, sendo que 65% têm como objetivo, dentro dos próximos dois anos, a criação de uma área exclusiva e integral para assuntos relacionados à ESG e sustentabilidade, sugerindo a real valorização das boas práticas ESG frente aos objetivos de curto, médio e longo prazos. “É preciso aprofundar ainda mais os conhecimentos sobre ESG e não se basear apenas em elementos técnicos ou métricas. É evidente a importância de um embasamento sobre como construir uma cultura forte e disseminada por todas as camadas da organização, atendendo aos anseios e deliberações de todos os stakeholders, sejam eles investidores, clientes, colaboradores ou a sociedade civil", afirma Bethlem.
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Inclusive, um dos cinco maiores desafios das organizações é justamente a participação de todos: 67% dos entrevistados afirmam que a sensação é de que há ações concretas sendo realizadas em relação às boas práticas ESG, embora ainda pouco numerosas, mas acabam esbarrando em questões de engajamento, comunicação interna, métricas e indicadores, tecnologia para gerenciamento, além do fortalecimento da cultura voltada aos aspectos ESG da organização.
A análise revela ainda que cerca de 41% dos respondentes acreditam que a alta direção tem falado sobre o assunto, e 66% afirmam que a empresa vem abordando internamente este tema, no entanto, ainda não é suficiente para que sintam reflexos na organização. “O primeiro passo para iniciar uma jornada socioambiental e de governança é assegurar que o alto escalão da empresa fale abertamente sobre o tema. Há ainda uma falta de conhecimento e engajamento das lideranças que devem ser mobilizadas para engajar os colaboradores. Ter uma comunicação interna clara e objetiva, do estabelecimento de métricas e indicadores, do domínio de tecnologias para gerenciamento, ou do fortalecimento da cultura organizacional”, avalia o CPO da Bravo GRC.
No quesito de investimentos, o estudo indica que 74% apontam a faixa entre R$ 50 mil e R$ 300 mil como um possível orçamento, enquanto 14% objetivam investir mais de R$ 600 mil, e 8% acima de R$ 1 milhão, e 56% das empresas pretendem contratar serviços de consultorias nos próximos dois anos. Com isso, a pesquisa conclui que a tecnologia é uma forte e essencial aliada no que se refere ao tocante do ESG como parte da cultura organizacional, e a importância do engajamento e de parceiros estratégicos para o aprimoramento e desenvolvimento de ações cada vez mais autênticas e que promovam um mundo realmente transformador.
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