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Uma pesquisa da Bain & Company mostrou que, até 2025, 12% de todos os carros novos no mundo serão elétricos. O crescimento será ainda maior até 2040, quando a expectativa é de que mais da metade dos veículos saiam de fábrica com sistema totalmente elétrico. A demanda por um modelo mais sustentável de mobilidade faz com que nações e empresas se juntem para aumentar a frota de veículos à energia.
O Reino Unido, por exemplo, vai proibir a venda de carros novos com motor movido à gasolina e diesel a partir de 2030. Indo na mesma direção, a Ford anunciou que está acelerando seus planos de produção de veículos elétricos e deve investir US$ 22 bilhões em eletrificação até 2025, quase o dobro do que a empresa havia se comprometido anteriormente.
"Se os EVs continuarem ganhando mercado rapidamente, especialmente com clientes comerciais, queremos deixar claro que não cederemos terreno para ninguém", disse o vice-presidente financeiro da Ford, John Lawler.
A General Motors não fica atrás e planeja oferecer 30 modelos de carros elétricos globalmente até 2025. A gigante automotiva irá investir US$27 bilhões no desenvolvimento desses modelos até 2023.
A maior prevalência de carros elétricos traz consigo a evolução para veículos autônomos. De acordo com a Bain & Company, até 2030, a expectativa é de que 4% a 9% dos carros novos vendidos sejam equipados com automação Nível 4 - quando não existe a necessidade de uma intervenção humana para dirigir o automóvel. A pesquisa, porém, ressalta, que no começo tal tecnologia deve ficar restrita à serviços de carro de carona e ao mercado de luxo.
Seguindo esse caminho, a Ford planeja investir cerca de US$ 7 bilhões em veículos autônomos até 2025 - sendo US$ 5 bilhões disso de 2021 em diante. Para a empresa, serviços de entrega serão os primeiros a contar com essa tecnologia.
Apesar de todo investimento de dinheiro e tempo no desenvolvimento dessas tecnologias, elas ainda esbarram em alguns entraves, sendo o preço o principal deles. O estudo da Bain & Company, porém, prevê que o ponto de inflexão onde o valor de carros elétricos e autônomos se tornem viáveis para a população não está tão longe.
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A pesquisa diz que nos próximos 2 a 8 anos o aumento da adoção de veículos elétricos fará com que os preços diminuam, sendo que o ponto de inflexão é esperado para 2024. A partir de então, a demanda crescerá, incentivando os fabricantes a fazerem ainda mais investimentos nesse sentido.
“Isso deve acontecer com a criação de uma infraestrutura de carregamento mais robusta, melhor aceitação dos clientes, apoio legislativo e redução dos custos da bateria”, destaca Carlos Libera, sócio da Bain & Company.
O apoio legislativo é particularmente importante no caso dos veículos autônomos. A legislação e regulamentação serão peças-chave para um maior desenvolvimento da tecnologia em larga escala.
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