Doug Field é um dos nomes mais influentes da engenharia automotiva e da inovação tecnológica. Com uma carreira que passa por gigantes como Apple, Tesla e Segway, ele agora enfrenta o desafio de reinventar a Ford para a era dos veículos elétricos e da digitalização. Como diretor de veículos elétricos, digital e design da montadora, a missão é liderar a transformação da empresa para um futuro mais sustentável e conectado. Mas, para entender esse desafio, é essencial olhar para a trajetória de Field e sua capacidade de unir tecnologia, engenharia e design de forma inovadora. Confira abaixo os principais desafios e aprendizados enfrentados pelo profissional ao longo da sua carreira.
Uma jornada pela inovação
Desde o início de sua carreira, Doug Field demonstrou uma abordagem diferenciada sobre engenharia e o design. Sua formação em engenharia mecânica pela Purdue University e sua passagem pelo renomado programa Leaders for Global Operations (LGO) do MIT deram uma base sólida em manufatura, inovação e estratégia organizacional. Essa combinação de habilidades se tornaria essencial em sua jornada profissional, permitindo que desafiasse os modelos tradicionais de produção e inovação dentro das grandes corporações.
Field iniciou a carreira na Ford em 1987, mas logo percebeu que a indústria automotiva da época não valorizava o pensamento disruptivo da mesma forma que o Vale do Silício. Movido pelo desejo de trabalhar em ambientes onde a inovação fosse prioridade, ele partiu para a Johnson & Johnson Medical e, posteriormente, encontrou seu lugar na Segway. Lá, como diretor de tecnologia, ajudou a desenvolver um dos primeiros veículos elétricos modernos, com conceitos que hoje são fundamentais para a indústria automotiva.
Do Vale do Silício para o universo automotivo
A experiência de Field na Segway o preparou para sua entrada na Apple em 2008, onde assumiu a vice-presidência de desenvolvimento de hardware para os computadores Mac. Durante sua gestão, liderou as equipes responsáveis por produtos como o MacBook Air e o MacBook Pro, consolidando sua reputação como um engenheiro capaz de transformar ideias ousadas em produtos revolucionários. No entanto, foi sua passagem pela Tesla que solidificou sua posição como um dos principais inovadores da indústria automotiva. Como vice-presidente sênior de engenharia, ele foi peça-chave no desenvolvimento do Tesla Model 3, um dos veículos elétricos mais bem-sucedidos da história.
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Seu trabalho na Tesla envolveu não apenas a criação de um carro acessível e de alto desempenho, mas também a integração de software avançado e automação no processo de fabricação, redefinindo os padrões da indústria.
O desafio na Ford
Agora, de volta à Ford, Field tem a missão de unir a herança centenária da montadora com a agilidade das startups de tecnologia. Sua visão não se limita apenas a desenvolver novos modelos elétricos, mas também a transformar a experiência do usuário por meio de plataformas digitais avançadas. Para isso, ele aposta na integração de software como parte essencial dos novos veículos da marca.
O desafio, segundo o próprio Field, não está apenas na tecnologia, mas na cultura organizacional. "O estado natural de uma organização é tornar cada vez mais difícil inovar", afirma. Seu objetivo é criar um ambiente onde pequenas equipes possam trabalhar de forma ágil, combinando criatividade e execução para entregar produtos inovadores.
O futuro da mobilidade
Field quer transformar a maneira como os carros são projetados, fabricados e utilizados. Isso significa investir pesadamente em software, conectividade e inteligência artificial para criar uma experiência automotiva verdadeiramente digital. Ele aposta na construção de equipes talentosas e diversificadas, capazes de operar com a agilidade de uma startup dentro da estrutura de uma grande montadora.
Com sua experiência em design, engenharia e liderança, Doug Field está no centro de uma das maiores transformações da indústria automotiva moderna. Se seu histórico for um indicativo do que está por vir, a Ford pode estar prestes a viver sua revolução mais significativa desde a invenção da linha de montagem.
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