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A indústria brasileira deve aumentar em 4,9% os aportes em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas cortar em 8,6% os desembolsos em inovação neste ano, conforme revela uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre a intenção de investimentos das empresas. O estudo mostra ainda que os recursos do setor empregados em gestão devem crescer 5,6% em 2016.
Em pesquisa e desenvolvimento, os investimentos, conforme os planos da indústria, vão chegar a R$ 6,8 bilhões, R$ 300 milhões a mais do que no ano passado, enquanto os desembolsos voltados à gestão devem somar R$ 9 bilhões, R$ 500 milhões a mais.
Por outro lado, os investimentos em inovação, que totalizam o maior montante, devem cair de R$ 11,5 bilhões para R$ 10,5 bilhões. Segundo a Fiesp, as empresas têm maior flexibilidade para realizar cortes nessa atividade, o que, num período de crise, leva a uma redução da cifra.
Na soma das três categorias pesquisadas pela entidade, o orçamento das companhias chega a R$ 26,3 bilhões, abaixo dos R$ 26,5 bilhões do ano passado.
A Fiesp ouviu 1,12 mil empresas da indústria de transformação - 534 pequenas, 405 médias e 181 grandes - entre 14 de março e 22 de abril.
O resultado surpreendeu o departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp, que, no contexto de recessão econômica, esperava cortes em todas as modalidades pesquisadas. "Os investimentos em gestão e P&D mostraram o contrário, e isso é positivo, pois reforça o aprendizado das empresas quanto à importância desses investimentos para a competitividade", afirma, em nota, o diretor do departamento, José Ricardo Roriz Coelho.
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