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Em 2014, o estado de São Paulo foi responsável por movimentar uma corrente de comércio de US$ 142,7 bilhões, ou 30,0% de todo o fluxo comercial do país. No entanto, apenas 11,1% do total exportado pelo estado são produtos de alta intensidade tecnológica. A maior parte das exportações (30,4% do total) corresponde a produtos de baixa tecnologia, segundo classificação da OCDE e do MDIC.
Os dados são resultado de levantamento feito pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O Perfil do Exportador Paulista (PEP) mostra que, em contrapartida, as importações das indústrias do estado se concentram em produtos de alta tecnologia (25,2%). O diretor titular-adjunto do Derex, Vladimir Guilhamat, explica que importar tecnologia não é um problema, já que isso faz parte da inserção da indústria nas cadeias regionais e globais de valor. A questão é não ter um setor produtivo capaz de impulsionar, da mesma forma, as exportações de manufaturados e produtos de alto valor agregado.
"Uma indústria competitiva e com elevada capacidade de inovação técnica fomenta a qualificação da mão-de-obra, gera melhores empregos internamente e tende a ganhar espaço em diferentes mercados. Essa dinâmica é fundamental para desenvolvimento de toda a região na qual está instalada."
O estudo mapeou 14 regiões do estado, traçando uma perspectiva detalhada do que cada uma exporta, apontando quais são os pontos "fortes" e onde há espaços para melhorias. Duas grandes referências de média-alta e alta tecnologia são as regiões de São José dos Campos, no setor aeronáutico, e a Capital (impulsionada pela região do ABC), no setor automobilístico. No entanto, o PEP aponta outras regiões que, se estimuladas, também podem se tornar polos tecnológicos.
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"É preciso incitar políticas públicas regionais adequadas, específicas para setores e diferentes para cada região, de modo a fortalecer e ajudar o desenvolvimento industrial no estado", afirma Guilhamat. "É esse a principal proposta do PEP."
O estudo completo pode ser visto aqui.
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