A Argentina está perto de acertar um novo acordo para o comércio de veículos com o México, afirmou nesta quinta-feira (13) a presidente argentina, Cristina Kirchner. O acordo atual entre os países está congelado desde junho.
O Acordo de Complementação Econômica com o México, em vigor desde 2003 e que permite o livre comércio bilateral de veículos, foi suspenso pela Argentina por um período de três anos e Buenos Aires fixou uma tarifa de 35% sobre os carros mexicanos.
Em 2011, a Argentina, cujo governo leva adiante uma firme política protecionista, teve um desequilíbrio no comércio de veículos com o México de quase US$ 1 bilhão.
O possível novo acordo entre Argentina e México deve ser divulgado depois que o Brasil reformou em março os termos de seu pacto automotivo com o México, impondo cotas crescentes para importação de veículos por três anos sem incidência de tarifa de importação.
A revisão do acordo de livre comércio foi pedida depois que as exportações de carros do México para o Brasil saltaram 70% em 2011 em meio à forte demanda do mercado brasileiro.
Os governos argentino e mexicano estão "fechando um novo acordo automotivo (...) muito, muito importante", disse a presidente argentina segundo a agência oficial de notícias Télam.
Cristina afirmou que hoje (14) os detalhes do acordo poderão ser conhecidos. Em novembro, os fabricantes de veículos mexicanos e argentinos conseguiram um acerto preliminar para a retomada do comércio livre de veículos.
O secretário de Economia do México e a ministra da Indústria da Argentina devem fazer um anúncio nesta sexta-feira, na Cidade do México, junto com representantes da indústria automotiva. A Secretaria de Economia do México não comentou as declarações da presidente argentina.
As montadoras instaladas na Argentina que mais importam do México são Volkswagen, Renault, Nissan, Honda e Chrysler.