O alumínio é conhecido por sua alta densidade energética, duas vezes e meia maior do que a gasolina. Tais propriedades já motivaram diversos estudos para gerar energia em grande escala com o elemento químico. O grande desafio técnico na utilização de alumínio como um portador de energia é a de que a oxidação do alumínio cria uma camada de óxido de alumínio na superfície, inibindo assim a reação posterior.
Uma empresa criada em Israel este ano, a Alchemy Research, apresentou a tecnologia "Alydro" a partir de um metódo chamado ISR (Inverted Surface Reaction) que utiliza o alumínio bruto, sem liga. O alumínio na forma metálica contém 8,6 kWh de energia por kg. O sistema Alydro extrai esta energia por oxidação do alumínio e essa energia armazenada é o combustível. O material fica em estado sólido e facilita estocagem e transporte, também é inerte - protegido por uma fina camada superficial de óxido de alumínio, que se forma em contato com o ar, o alumínio pode reter a energia armazenada na sua forma metálica durante décadas.
O sistema Alydro gera energia sob a forma de hidrogênio e calor. O sistema resulta em óxido de alumínio, que os desenvolvedores afirmam ser totalmente reciclável. Os campos em que a nova tecnologia poderia ser utilizada são: veículos elétricos híbridos, armazenamento de energia e geração de energia limpa.
Na reação, o alumínio é derretido e a água é injetada no alumínio fundido sob a forma de vapor. A reação acontece a temperaturas elevadas de até 900°C. Fora do reator Alydro, mesmo se os reagentes são unidos, nenhum fenômeno acontece. Este fato, segundo os desenvolvedores, garante com que o combustível de alumínio seja 100% seguro.
No reator, um quilo de alumínio reage com um quilo de água para gerar 112 gramas de hidrogênio. A reação Alydro é altamente exotérmica - 49,4% da energia produzida pela Alydro é liberada na forma de calor, e o restante sob a forma de hidrogênio.
De acordo com os pesquisadores, com um tanque de combústivel, o motorista poderá rodar por até dois mil quilômetros. Agora os pesquisadores da Alchemy Research aguardam por incentivos da indústria automobilística e de energia renovável para seguir com os estudos e comprovarem a eficiência do novo combustível.