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A capacidade de produção nacional não é suficiente para suprir as indústrias brasileiras. O diagnóstico preocupante é resultado de um estudo que acaba de ser finalizado e teve como base entrevistas em 100 empresas. Outro grave problema apontado é a falta de mão-de-obra de bom nível técnico. A conclusão é do estudo “Necessidade de Adequação do Parque Supridor Nacional”, realizado pela Petrobras, BNDES e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, no âmbito do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás).Ele aponta a capacidade de produção nacional e a falta de mão-de-obra como os dois principais entraves ao crescimento da indústria de petróleo e Gás.
O economista alertou que é grande a necessidade hoje de se investir em pesquisa e desenvolvimento, e que o financiamento oferecido pelo FINEP é o início que se espera da mudança. A instituição está oferecendo R$ 100 milhões para centros de pesquisa e universidades se capacitarem e para facilitar a articulação das empresas neste sentido. A escolha das empresas contempladas deve ser divulgada nas próximas semanas. “Essa deve ser a ponta do iceberg. A partir daí, outros investimentos surgirão. Os ganhos são óbvios. As empresas devem somar outros R$ 100 milhões. Precisamos ser otimistas”, afirma o especialista.
A recente divulgação das medidas de ajuste fiscal por parte do Governo Federal decepcionou o setor de petróleo e gás, que não foi incluído no lote. Para ele, as ações do governo são muito tímidas e ainda não há como resolver os problemas apontados no estudo. Como há certo consenso em relação a estes problemas, ele acredita que a maior articulação com centros de pesquisas e universidades para capacitar as empresas a inovar pode ser uma luz no fim do túnel. “Acredito que os investimentos P&D podem nos ajudar em dois ou três anos a sermos mais competitivos”, revela.
Os resultados e conclusões do trabalho serão apresentados pelo professor Adilson Oliveira, coordenador do projeto, durante palestra no seminário “Solda Brasil 2011 – Seminário Nacional de Tecnologia e Mercado de Soldagem”, que acontece nos próximos dias 30 e 31, no Centro Empresarial Rio, de 9h às 18hs. Oliveira, que é professor do Instituto de Economia e do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, é especialista em economia do desenvolvimento, com doutorado em Grenoble e pós-doutorado em Sussex.
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