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O Plano Brasil Maior, anunciado nesta terça-feira, dia 2, pelo governo federal prevê ainda a concessão de novos recursos para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a ampliação da carteira de projetos inovadores. Ao todo serão liberados R$ 2 bilhões do BNDES. As taxas de juros para o empresário interessado oscilam entre 4% e 5% ao ano.
Não há diferenciação entre as empresas que podem pleitear esses recursos, mas a Finep possui linhas destinadas às pequenas e médias empresas. Além dessa entidade, há outras que oferecem recursos para o empresário que inova na fabricação de produtos ou na oferta de serviços. Uma delas é o Sebrae. Por meio do Sebraetec, as empresas podem inscrever desde projetos de eficiência energética até protótipos de novos produtos. O custo do projeto deve variar entre R$ 10 mil e R$ 600 mil. O Sebrae arca com 50% do valor.
"As medidas apresentadas hoje pelo governo federal irão ajudar no fortalecimento das micro e pequenas empresas no Brasil, principalmente no estímulo à inovação, fundamental para tornar os empreendimentos de pequeno porte mais competivos”, avalia o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
O empreendedor que deseja aprimorar seus conhecimentos e desenvolver pesquisa científica pode procurar o CNPQ. A entidade oferece bolsas de estudo de até R$ 5,2 mil por mês. A prioridade é para o incentivo à inovação. Já o Instituto Endeavor apoia empresas com grande potencial de crescimento e possibilidade de gerar emprego e renda. Os selecionados recebem capacitação e contam com o apoio de profissionais renomados na gestão de negócios.
A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), por sua vez, reúne os fundos de investimentos que atuam no Brasil e possui um site que relata o perfil de cada um deles para facilitar a busca de parceiros a projetos inovadores. Finalmente, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores representa cerca de 400 incubadoras no País. Na entidade, os empresários recebem infraestrutura, capacitação técnica e também administrativa.
Poder de compra
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que o governo vai usar o seu poder de compra para incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias e inovação no setor industrial.
Em discurso no Planalto, durante solenidade de lançamento do Plano Brasil Maior, ele informou que a nova política de compras do governo poderá, por meio das licitações, adquirir produtos manufaturados com preço médio até 25% maior que outros importados, se ficar provado que o vendedor está gerando emprego, salário e inovação localmente. Ele citou o caso do Ministério da Defesa, que priorizará a compra de fardas e coturnos de tecnologia brasileira.
Em seu discurso, Mercadante disse que o governo elabora o Programa de Inclusão Digital de Banda Larga para possibilitar o acesso de 69 milhões de estudantes à internet. "Para inovar, é preciso mudar a cultura passiva em tecnologia", destacou o ministro.
Ele observou ainda que o Finep, um programa de crédito na área de ciência, aumentou de R$ 1 bilhão para R$ 5 bilhões, de 2010 para 2011, o total de financiamentos para projetos de inovação.
Mercadante aproveitou para fazer um novo apelo aos empresários para aderir ao programa de bolsas estudantis para alunos brasileiros em universidades do exterior. O governo vai investir R$ 3,2 bilhões na concessão de 75 mil bolsas nos próximos três anos e espera a adesão voluntária dos empresários para a concessão de outras 25 mil. "Este conjunto de medidas apresentado hoje, de capital de giro, desoneração, tem de estar associado a uma visão de desenvolvimento a longo prazo".
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