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O aumento de importações de metais fundidos para atender a indústria automobilística foi um banho de água fria no setor de fundição nacional, que revisou para baixo sua expectativa de crescimento de 10% para o segundo semestre do ano. Segundo Associação Brasileira de Fundição (Abifa), a expansão deve ser de 7% em 2011.
No acumulado de janeiro a junho, o setor também ficou abaixo da expectativa, com crescimento de 7,7%, de acordo com balanço divulgado ontem pela Abifa. O presidente da entidade, Devanir Brichesi, diz que a falta de uma política industrial efetiva permitiu avanço dos importados, desaquecendo o mercado interno. "Se esse índice for mantido até o final do ano já será uma grande vitória", diz Brichesi. "Para atingir a meta estipulada, precisaria crescer 13% ao mês, o que será impossível", acrescenta.
Segundo ele, o setor automotivo consome quase 60% da produção nacional de fundidos. Mas com a oferta da China a preços atrativos, as montadoras não tiveram escolha. "Precisamos urgente resgatar nossa competitividade", afirma, fazendo coro com o restante do setor produtivo, às vésperas do anúncio do plano do governo.
A redução das vendas colocou nível de utilização das fábricas de ferro e aço em 80% no semestre e o do alumínio, em 70%. "Há anos estamos produzindo muito menos que a capacidade instalada permite", finaliza. No total da produção entre ferro, aço e os não ferrosos (cobre, zinco, alumínio e magnésio), ficou em 1.669 tonelada, ante 1,5 mil toneladas de 2010.
Aço nacional e mundial
A produção brasileira de aço subiu 4% em junho sobre igual período de 2010, segundo a Associação Mundial de Aço (WSA). O Brasil produziu 2,9 milhões de toneladas de aço bruto, ante 2,8 milhões em junho de 2010. A produção chinesa subiu 12% em junho.
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