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A Cummins vai construir uma nova estrutura no Brasil para produzir geradores, filtros e abrigar estoque de peças. A fábrica receberá parte dos US$ 200 milhões anunciados pela companhia para os próximos cinco anos. “Investiremos US$ 120 milhões entre a nova unidade e a planta de Guarulhos (SP)”, explica Luis Afonso Pasquotto, vice-presidente da companhia para a América Latina. O restante será aplicado em pesquisa e desenvolvimento, produtos e processos de qualidade.
Ainda em fase inicial, o projeto ainda não tem prazo ou local definido mas o executivo adiantou que a intenção é instalar a unidade o mais próxima possível da fábrica da Grande São Paulo. Com a transferência de algumas linhas de montagem, a empresa pretende liberar espaço para que a produção da planta antiga, que hoje está em 120 mil motores por ano, seja ampliada.
A expansão no Brasil é parte da estratégia da Cummins para aumentar o faturamento na América do Sul dos US$ 1,3 bilhão registrados em 2010 para US$ 2,2 bilhões em 2014. Com isso, o continente responderá por cerca de 11% dos negócios da empresa, que devem somar US$ 20 bilhões no mundo.
No primeiro semestre a companhia produziu 54 mil propulsores. A intenção é chegar a 117 mil até o final do ano, avanço de cerca de 21% sobre os 96 mil motores fabricados em 2010. Do total planejado para este ano, 75 mil serão destinados ao setor automotivo enquanto o restante integrará a produção de máquinas agrícolas, de construção e de geradores de energia.
A maior fatia da produção é destinada ao mercado interno. “Inicialmente pretendíamos exportar cerca de 20% do que fabricamos no Brasil, mas isso não aconteceu”, explica o executivo. Com a moeda valorizada e a economia nacional aquecida, a empresa vende localmente 90% do que produz no País. O restante é enviado principalmente à Argentina, Venezuela e Estados Unidos.
Alta e abismo com Proconve P7
O aquecimento da produção no segundo semestre será impulsionado pela pré-compra de veículos comerciais que deve anteceder a chegada da nova norma de emissões para caminhões e ônibus, Proconve P7. “Projetamos aceleração de 5% a 10% nas vendas entre o segundo e o terceiro trimestre e evolução semelhante do terceiro para o quarto trimestre”, conta Pasquotto.
Já a previsão para os primeiros três meses de 2012 é desacelerar entre 10% e 20% mas retomar o ritmo ao longo do ano. “Os clientes não deixarão de comprar caminhões. Devemos produzir um número de motores levemente inferior ao deste ano”, prevê, com base na experiência da chegada da legislação ambiental em outros mercados do mundo.
O fornecimento dos motores Euro 5 começa no último trimestre para os clientes da companhia no Brasil: Ford, MAN, Agrale e NC2. A fabricante vai diversificar o portfólio para atender às novas exigências, com o lançamento dos propulsores ISL 9.0 e ISF 3.8 até o fim deste ano.
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