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Com uma participação de 15% nas vendas globais da marca, o Brasil superou a Alemanha e se tornou o segundo maior mercado do grupo alemão Volkswagen no mundo. Conforme Thomas Schmall, presidente da Volkswagen no Brasil, o desempenho da filial brasileira só ficou atrás da subsidiária na China. "Poderia ser mais, mas a China cresceu mais do que nós", comentou o executivo durante a apresentação à imprensa da nova versão do sedã Jetta, que será oficialmente lançada na noite desta quinta-feira.
A ascensão do mercado nacional de veículos - que continua renovando marcas recordes neste ano - coloca o Brasil em posição de destaque nos planos da Volkswagen de se tornar a maior montadora do mundo até 2018.
O plano para o país inclui investimentos da ordem de R$ 6,2 bilhões - num ciclo que vai de 2010 a 2014 - e a pretensão de iniciar no país a produção de um carro de entrada, na faixa de R$ 20 mil a R$ 23 mil - cujo mercado, conforme aposta a montadora, deverá dobrar de tamanho em quatro ou cinco anos.
Metade dos investimentos está prevista para a fábrica de São Bernardo, a maior unidade fabril da empresa no Brasil e onde são fabricados carros dos modelos Gol, Saveiro, Polo, Kombi e Parati.
Na comparação com igual período de 2010, as vendas no Brasil de carros de passeio e veículos comerciais leves da marca alemã cresceram 18,8% no acumulado de janeiro até ontem, para 148,43 mil unidades. O desempenho superou a média do mercado, que avançou 9,6% em igual período, segundo números divulgados hoje pela Volkswagen. Conforme Schmall, a expectativa é que o crescimento da marca se desacelere para a faixa de 10% a 12% até o fim do mês, em razão de um fortalecimento da base de comparação, já que na segunda quinzena de março de 2010, os consumidores correram às concessionárias para aproveitar os últimos dias de IPI reduzido nas vendas de carros.
"Conseguimos conquistar esse crescimento sem grandes lançamentos", comentou o executivo a jornalistas, acrescentando que a meta é manter a filial brasileira entre as três maiores operações do mundo no longo prazo.
A expectativa é, no mínimo, acompanhar o crescimento do mercado doméstico de automóveis e comerciais leves neste ano, que, nas contas da empresa, crescerá em torno de 5% até dezembro.
Durante o encontro com jornalistas, o presidente da Volkswagen lançou mão de frases de efeito para comentar a busca pela liderança de mercado e a ameaça da chegada de marcas chinesas no país.
"Market share (participação de mercado) não paga almoço", assinalou o executivo, ao enfatizar que a montadora vai privilegiar a rentabilidade e não os volumes de vendas. Neste ano, a montadora tem disputado palmo a palmo a liderança do mercado com a Fiat. Até a primeira quinzena de março, a diferença favorável à montadora italiana era de apenas 3 mil carros, aproximadamente. "Ter a liderança é sempre bom, mas uma empresa sobrevive do lucro e não do market share", afirmou.
O executivo também fez comentários sobre as pretensões do empresário Sergio Habib de morder fatias das grandes montadoras com os carros da JAC, que está trazendo da China. "Cachorro que late não morde", provocou o executivo alemão.
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