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A demanda energética mundial poderá ser suprida em 95% por energias renováveis até 2050, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela entidade ambientalista WWF e pela consultoria energética Ecofys.
Até lá, a demanda energética total poderá ser 15% inferior à de 2005, graças a medidas ambiciosas de economia de energia, apesar da previsão de aumento para a população, a produção industrial e o transporte de cargas e passageiros.
Atualmente, mais de 80% da energia global vem de combustíveis fósseis, mas o relatório diz que a energia nuclear, os combustíveis fósseis e a biomassa poderão ser praticamente abandonados nas próximas quatro décadas.
Para isso, será preciso reduzir em pelo menos 60% os gastos com calefação de edifícios, por meio da melhora na eficiência energética e do uso de energia solar e calor geotérmico.
O relatório defende também a modernização das instalações elétricas, a adoção de redes "inteligentes" e a prioridade do transporte elétrico em escala global. Incentivos financeiros --como tarifas diferenciadas para a energia renovável-- também teriam um papel importante nisso.
Outras recomendações do relatório é que o consumo per capita de carne caia à metade até 2050 nos países industrializados, e aumente em um quarto nas nações em desenvolvimento. A população deveria ser estimulada a andar de bicicleta, caminhar e usar o transporte público, e a substituir aviões por trens.
O texto estima que até 2050, mantidas as atuais condições, a melhora da eficiência energética e a redução dos custos dos combustíveis permitirão uma economia anual de US$ 5,59 bilhões (cerca de R$ 9,29 bilhões).
Por outro lado, serão necessários mais investimentos para aumentar a geração de energia renovável, modernizar os sistemas e melhorar a eficiência energética. Num prazo de 25 anos, tal investimento deveria passar de € 1 trilhão (R$ 2,28 trilhão) por ano para € 3,5 trilhões (R$ 8 trilhões). Por volta de 2040, tais gastos começariam a se pagar, com a economia superando os custos.
Outro relatório, divulgado nesta semana pela Accenture e pela Barclays Capital, dizia que a Europa precisará investir € 2,9 trilhões (R$ 6,6 trilhões), ou 25% do seu PIB, ao longo dos próximos dez anos para atender à sua demanda por energias com pouca emissão de carbono.
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