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A Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, pretende destinar uma área de seis quilômetros quadrados para abrigar, na área continental da cidade, o segundo núcleo do Parque Tecnológico de Santos.
O local escolhido fica no bairro de Guarapá, a cerca de 33 quilômetros do centro de Santos, vizinho ao futuro porto Barnabé Bagres. A caracterização do terreno como apto a receber atividade de tecnologia e inovação constará da lei de uso e ocupação do solo, que está em revisão, disse o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos do município, Márcio Antonio Lara.
A proposta terá de ser examinada pela Câmara Municipal, o que pode ocorrer ainda no primeiro trimestre. A expectativa é que o novo polo tecnológico esteja funcionando em dois anos.
Hoje, a parte insular de Santos - onde historicamente a cidade se desenvolveu - conta com o primeiro núcleo do parque tecnológico. São 220 mil metros quadrados não contínuos, ocupados pelas instalações de universidades e centros de pesquisa, com os quais as empresas podem fazer acordos para usar laboratórios e outros recursos, com a finalidade de desenvolver inovação. Com o segundo núcleo, a ideia é criar áreas onde as companhias possam estabelecer seus próprios centros de desenvolvimento.
"O núcleo terá um formato mais tradicional, com uma nova infraestrutura para receber centros de pesquisas e empresas de inovação que dependem de áreas mais extensas para implementação", explica Lara.
De acordo com Lara, Santos tem potencial atrativo e demanda para expandir essa oferta. "Já está acontecendo. Por exemplo, temos aqui na região central a Halliburton e a Schlumberger, duas grandes empresas que compõem a organização nacional da indústria do petróleo e têm contratos com a Petrobras. Companhias dessa natureza promovem inovação, que gera efeito de atração de novas empresas", afirma o secretário.
Ainda no âmbito do pré-sal, diz Lara, a Petrobras - que está construindo uma sede em Santos - já decidiu que trará para a cidade um núcleo do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) para atuar no desenvolvimento de pesquisa logística e inovação no pré-sal.
Um trabalho realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e financiado pelo governo do Japão identificou o segmento de TI como um dos vetores de desenvolvimento da região santista, ao lado de atividades como porto, retroporto, logística, energia, ambiente e turismo.
A expectativa de Lara é que o credenciamento da primeira etapa do parque ocorra no segundo semestre. Atualmente estão sendo elaborados dois planos - um de ciência e inovação e outro de marketing -, cuja meta é identificar empresas do setor e o potencial de atração de novos empreendimentos.
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