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O preço do aço está tirando o sono das montadoras no Brasil. A saída mais frequente tem sido a importação do insumo para equilibrar os custos da produção. Segundo a Volkswagen, o produto coreano é a principal alternativa ao aço nacional, por ser de 15% a 30% mais barato do que o produto nacional. "O aço da Usiminas, por exemplo, é 15% mais caro que coreano", afirma o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall.
Já o presidente da Ford para a América Latina, Marcos de Oliveira, afirma que o aço produzido no Brasil é 30% mais caro que o similar que chega nos Estados Unidos.
Segundo Schmall, a Volkswagen deve fechar o ano importando 30% de todo o aço usado na produção. "A redução deste percentual de importação depende também da qualidade do produto", afirma o executivo.
A General Motors preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Mas a afirmação do presidente da Volkswagen foi categórica: "a média das montadoras no Brasil importa 30% do aço usado na produção nacional".
Outros gargalos para o crescimento da indústria automotiva no País, segundo Schmall, são as estruturas portuárias e aeroportuárias. Os problemas são frequentes mesmo com a montadora contando com uma infraestrutura dedicada ao seu negócio nos Portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Apesar dessas queixas, as montadoras mantêm planos de investimentos bilionários no país. A Volkswagen e a General Motors planejam investir um total de R$ 11,6 bilhões no País até 2014. O dinheiro irá para o desenvolvimento de novas tecnologias e a renovação de sua linha de produtos.
A Volkswagen prepara 47 lançamentos nos próximos cinco anos no mundo todo que se somarão aos 16 de 2009 e a mais três previstos para este ano. Além disso, a montadora já separou R$ 6,2 bilhões para investir no país até 2014.
CSN
Anunciada ontem, a produção de aço bruto do Brasil atingiu 2,9 milhões de toneladas em junho, um crescimento de apenas 0,1% ante o mês anterior, disse o Instituto Aço Brasil (IABr).
Já a Companhia Siderurgia Nacional (CSN) está concedendo descontos sobre seus estoques de aço a distribuidores na faixa de 5% a 10%, segundo informou ontem o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. "Já para as compras programadas, o preço continua firme", disse o presidente da siderúrgica.
Procurada, a Usiminas não se pronunciou até o fechamento desta edição.
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