Foto: Abimei
Na contramão das empresas do setor, companhia deixa de participar da Feimafe este ano mas acredita que bons negócios estão por vir
A empresa sul-coreana
TaeguTec comercializa ferramentas de corte a base de metal duro, cermet, cerâmica, CBN e PCD para a indústria há mais de 80 anos. O processo de fabricação envolve desde a extração da matéria-prima, passando por obtenção dos pós-metálicos que são prensados e sinterizados para chegar ao produto final que são as pastilhas de metal duro, utilizadas em processos de usinagem. Lançada no Brasil durante a Feimafe de 2001, a empresa abre mão da participação na feira neste ano e prioriza o corte de gastos para superar o complicado momento econômico.
Para o presidente da subsidiária brasileira, Hélio Galheta, a ação não deve prejudicar a geração de negócios para a companhia. “Nossa matriz participa de todas as feiras internacionais do mundo. Este ano fizemos alguns cortes por conta da crise, mas isso não reduzirá nosso volume de negócios pois não é prática fecharmos nada em feiras. Participamos mesmo pela presença e proximidade de cliente e parceiros”, esclarece.
O executivo explica que, por comercializar um produto de alta tecnologia a renovação e lançamento de novas linhas têm que ser constante. A matriz sul-coreana mantém uma equipe de tecnologia e desenvolvimento com cerca de 140 profissionais. “Por conta disso o nosso marketing não pára, estamos sempre atualizando nossos clientes. Fazemos um trabalho constante e direto, utilizando diversas ferramentas”, revela Galheta. Essa agilidade, segundo ele, foi fundamental na decisão de não participar da Feimafe neste momento.
Além da Coréia do Sul, a TaeguTec conta com fábricas também na Índia e na China e possui 21 subsidiária nos principais centros industriais do mundo. A estrutura brasileira apresenta 45 funcionários e mais 140 colaboradores indiretos em todo o país. “Nossa unidade vinha crescendo por volta de 35% nos últimos três anos”, revela o presidente. Após o estouro da crise financeira, no terceiro trimestre de 2008, a companhia refez suas projeções para 2009 para um nível de crescimento de 20%.
“Infelizmente o início deste ano se mostrando pior do que esperávamos e com uma queda de 20% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado”, comenta. Galheta explica que, com a queda forte da demanda pelos produtos manufaturados brasileiros, os clientes reduziram as compras de ferramentas para corte.
Só agora a empresa sente um pouco mais de segurança na economia, com a retomada da indústria de autopeças, principal mercado da TaeguTec Brasil. “Ainda não consigo traçar um panorama até o fim do ano, mas os negócios estão sendo retomados”, assegura ele, que já contava que a partir de março o panorama diante da crise financeira estaria mais claro.
O executivo destaca que não é usual que a empresa firme parcerias com fabricantes de máquinas para vendas casadas com os produtos que fornece, mas que diversos clientes quando compram uma máquina solicitam que o periférico seja da TaeguTec. “A qualidade da ferramenta faz uma enorme diferença no desempenho da máquina que, muitas vezes, pode ter a imagem prejudicada por conta da performance ruim de um produto”, explica.
Galheta observa que, no Brasil, o grande impacto da crise econômica foi gerado mais pelo pessimismo internacional do que por problemas internos. “Somos muito suscetíveis a rumores e a nossa economia foi contaminada por isso. Acredito que agora, se não houver novos boatos, nossa economia vai apresentar recuperação e retomará um bom ritmo no segundo semestre”, acredita.
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