O presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, anunciou ontem a construção de um laboratório e uma fábrica para o desenvolvimento e produção de baterias em Michigan, estado que ainda abriga em sua capital, Detroit, a sede do carro nos Estados Unidos. A ideia é fazer do estado a ‘capital da bateria’ para recuperar parte dos milhares de empregos perdidos com a crise na industria automobilistica. O Salão Internacional do Automóvel de Detroit mostrou que o carro totalmente elétrico e o hibrido são uma aposta definitiva na energia alternativa, se ainda não vai substituir totalmente o petróleo, vai deixar muito menos dependentes os veículos do caro e finito combustível fóssil.
Todos os estandes da mais de 50 marcas que participam do maior evento dedicado ao carro nos Estados Unidos apresentaram modelos com a tecnologia da tração elétrica. Fabricantes europeus, asiáticos e norte-americanos desenvolvem, em parcerias com diversas empresas, a tecnologia que pretende chegar de forma mais aperfeiçoada ao mercado a partir do final do ano que vem. A alternativa elétrica é aposta mais efetiva de montadoras como a Ford, Mercedes-Benz, Chrysler, Renault, Toyota, para recuperar o entusiasmo do consumidor num momento de grave crise.
Sem dúvida, a maior aposta é da General Motors, que há dois anos apresentou em Detroit o Volt, um hibrido cuja bateria pode ser carregada na tomada de sua casa ou por meio de um motor a combustão no próprio veiculo. Em grave crise financeira, ameaçada até de falência, a GM vê no Volt uma das principais saídas para grande parte de seus problemas nos Estados Unidos, onde este já perdeu a liderança de vendas para a arquirrival Toyota.
Rick Wagoner afirmou ontem que a companhia já investiu US$ 1 bilhão no desenvolvimento do Volt. O executivo anunciou parceria ontem com a Universidade de Michigan para o aperfeiçoamento do equipamento, que já evoluiu muitos nos últimos dois anos, mas ainda tem longo caminho até melhorar a sua performance.
