Empresas acumulam prejuízos com a greve dos Auditores Fiscais


Devido à greve dos Auditores Fiscais da Secretaria da Receita Federal do Brasil, iniciada no dia 18 de março, e até o momento sem previsão para acabar, empresas de todo o país acumulam prejuízos e produtos nos portos e aeroportos brasileiros, já que não conseguem exportar e nem importar.

Somente a Starrett do Brasil, unidade de uma das maiores fabricantes de ferramentas e produtos de medição do mundo, já acumulou mais de US$ 2 milhões em prejuízos com produtos que não são embarcados desde o dia 18. O departamento de exportação da empresa informa que esse número pode dobrar se a greve persistir por mais dez dias.

Mas segundo o diretor de Marketing da companhia, Christian Arntsen, no caso das exportações o pior prejuízo é o moral. “Como fornecedor sério e confiável em um mercado extremamente competitivo e globalização, onde as cadeias de logística estão trabalhando com estoques reduzidos com o objetivo de aumentar o giro, qualquer atraso é extremamente prejudicial à imagem da empresa”.

Arntsen acredita que a companhia possa perder mercados, que são extremamente difíceis de conquistar, se a greve continuar. “O tempo de despacho de nossas exportações já e extremamente lento e caro, um dois mais lentos e caros do mundo, o que já causa uma péssima impressão aos nossos clientes. Com a greve, este tempo e custo ficou extremamente agravado, e a impressão ainda pior”, completa o diretor.

A dificuldade com as importações gera um outro problema. “Com a falta de matéria prima há setores da fábrica que podem parar, assim como funcionários, causando uma perda nas vendas e prejuízos de milhares de dólares por dia”, conclui Arntsen.

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