Fotos: Divulgação
Um dos eventos mais importantes do mundo automobilístico, o
78º Genebra Car Show, realizado na Suíça, apresentou para a imprensa e ao público, ainda em forma de conceito, o novo Lumeneo Smera.
Trata-se de uma mistura de carro elétrico com scooter de design estreito e moderno, com capacidade para transportar duas pessoas e pouca bagagem. Apresentado no último Salão de Genebra, o modelo tem a largura de uma motocicleta, 80 cm, 2,45 m de comprimento, 1,70 m de entreeixos, 1,45 m de altura e apenas 350 kg.
O que torna extraordinário o Smera é o fato de ser um veículo exclusivamente elétrico equipado com baterias de íons de lítio, leves, resistentes (duram cerca de dez anos) e fáceis de recarregar. Além de ambientalmente correto, o Smera também é energeticamente eficiente: o que ele consome de eletricidade equivale a um consumo de 142,9 km/l, se usasse gasolina, segundo o fabricante.
A potência de seu motor de 40 cv e o torque, de 1.000 Nm, explica porque o Smera nem precisa caprichar tanto na aceleração: ele é praticamente um “dragster”, ainda que suas rodas 145/70 R14 não ajudem muito. Seu porta-malas, de 70 l, é suficiente para carregar pequenas compras ou uma mochila. Sem passageiro, o porta-malas chega a 150 l, quase a mesma capacidade disponível no antigo Ford Ka.
Para quem acha o carrinho muito alto e estreito, é bom saber mais um aspecto do Smera que favorece sua estabilidade: ele inclina, como uma motocicleta. Além do centro de gravidade baixo, ele inclina até 25.º para dentro da curva que estiver fazendo, tornando o risco de
capotagens menor.
No momento em que autoridades buscam soluções para o trânsito das grandes cidades, o Smera bem que seria uma opção interessante, principalmente para Curitiba, onde poderia transitar tranquilamente até pelas caneletas do bi-articulado.
Mas a capital paranaense com a utilização de faróis inteligentes, viadutos e túneis pode tranquilamente melhorar o fluxo de veículo sem suas ruas, mesmo com o aumento da frota. Pequeno, leve e limpo, o Smera seria uma alternativa para o trânsito das grandes cidades. Mesmo porque não fecharíamos as fábricas de automóveis existentes para nos livrarmos deles para sempre.