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A nova fábrica de turbinas eólicas da Goldwind, inaugurada em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), representa um avanço significativo para o setor de energia renovável no Brasil. Instalada no antigo complexo da General Electric (GE), a unidade terá capacidade para produzir até 150 turbinas por ano e deve gerar até 100 empregos diretos e 5 mil indiretos em toda a cadeia de fornecimento no Brasil, impactando o desenvolvimento econômico e social na região. O grupo prevê um investimento de R$ 100 milhões no empreendimento. Essa é a primeira fábrica da Goldwind fora da China.
O governador Jerônimo Rodrigues participou da inauguração ao lado do presidente do grupo Goldwind, Cao Zhingang, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “Eu tenho certeza de que a competitividade e a capacidade da Goldwind fará da Bahia e do Brasil um grande exportador para, além de alimentar o mercado interno, abastecer outros mercados. Então, não é apenas a inauguração de uma indústria de produção de aerogeradores: faz parte de uma política de transição energética. Porque esse equipamento, com os insumos, ajudará a gente a produzir uma matriz energética mais forte”, comemorou Rodrigues.
A Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas do mundo, produzirá equipamentos com potência entre 5,3 e 7,5 MW, superando a capacidade dos aerogeradores nacionais, que chegam a pouco mais de 6 MW. A expectativa é de que a nova unidade conquiste uma fatia de 25% a 30% do mercado brasileiro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o impacto positivo da chegada da Goldwind ao Brasil: “a instalação dessa fábrica aumenta a capacidade do Brasil de diversificar sua matriz energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. É um passo importante para consolidar o país como referência mundial em energia limpa, gerando empregos, impulsionando a economia e preservando o meio ambiente”.
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Segundo Cao Zhingang, presidente do grupo Goldwing, a inauguração em Camaçari é um marco importante para a companhia: “estamos felizes em lançar esta unidade para atender o crescente mercado brasileiro de energia limpa. Acreditamos no potencial do Brasil e da Bahia para se tornarem líderes globais em energias renováveis, e esta fábrica reforça nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável”.
A planta da fábrica baiana atenderá, prioritariamente, o mercado brasileiro, mas, também, poderá exportar equipamentos para outros países da América do Sul, utilizando o Porto da Bahia. A Goldwind, que já instalou mais de 86 GW em turbinas em 32 países, reforça sua atuação global com a expansão para a América Latina.
Mais que a instalação de uma unidade fabril, a Goldwind projeta criar um hub de empresas que completem a cadeia de produção dos componentes para as torres de energia eólica, com padrões de sustentabilidade que confiram competitividade ao setor de energia eólica brasileiro. Além disso, a Goldwind credenciou os seus equipamentos no BNDES Finame, permitindo aos seus clientes a possibilidade de financiar seus investimentos junto ao banco.
O projeto também prevê a criação de um parque de fornecedores de componentes eólicos, composto por pelo menos seis empresas. Entre elas, a Sinoma, que assinou um protocolo de intenções em fevereiro de 2023 para implantar uma unidade de produção de pás eólicas com investimento de US$ 20 milhões (cerca de R$ 104 milhões). Outra empresa que deverá integrar esse parque é a Thyssenkrupp, que negocia com o governo da Bahia um investimento superior a R$ 300 milhões.
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