Ao defender, mais uma vez, a produção de etanol e biocombustível, o presidente Luiz Inácio Lula disse nesta segunda-feira (03) que o Brasil tem condições de ensinar aos países ricos como diminuir a emissão dos gases causadores do efeito estufa.
A declaração de Lula sobre o assunto coincide com o início da Conferência de Bali, mais uma reunião internacional em busca de um acordo no combate ao aquecimento global , que acontece na Indonésia.
"Estamos apresentando ao mundo uma nova matriz energética na área de combustível. Se o mundo adotar, nós teremos muito menos poluição, muito menos gases expelidos na atmosfera, sobretudo, gás do esfeito estufa. Estou convencido de que o Brasil tem o que ensinar ao mundo desenvolvido como evitar a emissão de gases do efeito estufa", afirmou no programa de rádio Café com o Presidente.
Lula comentou o Relatório de Desenvolvimento Humano, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado na semana passada. O documento aponta que as nações ricas são responsáveis por 70% dos gases causadores do efeito estufa, enquanto os países pobres respondem por 2% e as nações em desenvolvimento, como Brasil e Índia, por 28%.
O presidente aproveitou o levantamento das Nações Unidas para voltar a criticar o álcool combustível produzido pelos Estados Unidos, que tem custo mais alto.
"O álcool brasileiro limita em até 70% os gases do efeito estufa. O etanol, com base no milho, reduz apenas 13% e tem custo maior, que é o produzido nos Estados Unidos", afirmou.
O relatório do Pnud conclama os norte-americanos e europeus a abrirem seus mercados para o etanol brasileiro, além de sugerir a implantação de um imposto sobre a emissão de gases.
De acordo com as Nações Unidas, o imposto poderia reduzir outras taxas ou incentivar o desenvolvimento de combustíveis menos poluentes. A estimativa do órgão é de que a cobrança sobre a emissão de CO2 (gás carbônico) pode gerar receita anual de até US$ 265 milhões.
Gostou? Então compartilhe: