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O Instituto Amazônia+21 lançou na sexta-feira (17) uma plataforma para atrair investimentos que financiarão negócios sustentáveis na Amazônia. A organização é uma iniciativa de empresários da região e conta com o suporte da Confederação Nacional da Industria (CNI) e das nove federações das indústrias dos estados da Amazônia Legal – Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.
A ferramenta Facility de Investimentos Sustentáveis funcionará por meio de um blended finance. A intenção inicial é captar R$ 600 milhões nos primeiros três anos. Ao longo de 10 anos, a meta é chegar a R$ 4 bilhões. A CNI é a primeira instituição a investir no fundo, ao comprar uma das dez cotas pioneiras no valor de R$ 2 milhões.
Participaram do lançamento da iniciativa, em São Paulo (SP), cerca de 140 empresários, dirigentes e representantes de instituições financeiras, fundos de investimento, associações e federações de indústrias. Na abertura, o presidente da CNI, Ricardo Alban, defendeu a exploração sustentável da floresta como forma de produzir renda e riqueza especialmente para as populações locais.
“Não podemos nos dar ao luxo de desprezar o potencial da Amazônia em todos os aspectos, seja na biodiversidade ou nas riquezas naturais, mas eles têm de ser transformados em bem para o Brasil e para a humanidade”, disse.
O presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, disse que a CNI, ao dar o exemplo e investir na primeira cota do fundo, reforça o compromisso da indústria brasileira com a agenda da sustentabilidade. “Os eventos climáticos cada vez mais extremos exigem ação imediata, e é isso que a gente está propondo” destacou.
“Estamos muito animados com a possibilidade de impulsionar negócios sustentáveis na Amazônia. Se somarmos esforços, seremos vetores de investimento e contribuiremos para melhorar a vida de 30 milhões de brasileiros que vivem na região”, completou Thomé, destacando que 70% dessas pessoas vivem em núcleos urbanos e que, portanto, o país precisa melhorar a infraestrutura das cidades.
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, e as instituições parceiras da iniciativa participaram do lançamento. O Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) foi representado pela gerente adjunta da Unidade de Inovação, Anny Pricyla; a APEX, pelo diretor Floriano Pesaro; a ABDI, pela diretora de Economia Sustentável e Industrialização, Perpétua Almeida; a BEMOL, pelo presidente, Denis Minev; e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pela coordenadora de Programa, Maristela Baioni, que explicou o apoio da instituição à iniciativa.
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“A Facility representa uma esperança, uma oportunidade de transformação, de desenvolvimento humano e sustentável para a região Amazônica. Nós do PNUD temos a clareza de que com o sucesso da Facility será possível levar essa experiência para outros países e provocar uma transformação planetária, e renovar as nossas esperanças não só para a nossa geração, mas para gerações futuras”, disse Baioni.
O representante regional da ONU-Habitat para a América Latina e Caribe, Elkin Velásquez, aprsentou a jornada de concepção e a implementação da Facility de Investimentos da instituição, que inspirou a construção da Facility de Investimentos Sustentáveis. Na sequência, Carol Vilanova apresentou a Flor de Jambu, um negócio da Bioeconomia Amazônia e parte portfólio da Facility, explicando o contexto do ecossistema.
O blended finance é uma forma de financiamento misto, unindo recursos que podem ser comerciais, públicos, de fomento e filantrópicos, para viabilizar projetos de impactos positivos sociais e ambientais.
Com esse valor, o Instituto Amazônia+21 espera os seguintes impactos:
A Facility de Investimentos trabalhará simultaneamente com quatro plataformas em setores como bioeconomia, energia renovável e turismo sustentável. São elas:
Entre os benefícios para os doadores, estão a alavancagem de capital em até sete vezes e a participação na governança da ferramenta. Já para os investidores comerciais, estão previstos retornos financeiros semelhantes às taxas e ao prazo do mercado tradicional. Além disso, doadores e investidores estarão contribuindo no combate à mudança climática e na conservação do meio ambiente e da biodiversidade.
Atualmente, o portfólio da Facility de Investimentos Sustentáveis já conta com as seguintes iniciativas:
Criado em 2021, o Instituto Amazônia+21 tem o objetivo fomentar negócios sustentáveis e de apoiar empresas e novos empreendimentos na região amazônica, e busca conectar oportunidades locais com fundos de investimentos e organizações interessadas em financiar ou participar das iniciativas.
O portfólio de serviços do instituto contempla difusão de práticas ESG, mensuração de resultados e impactos de projetos, consultoria técnica, assessoria para captação e aplicação de investimentos, articulação de parcerias voltadas à incorporação de tecnologias e à inovação.
*Imagem de capa: Depositphotos
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