BNDES injeta R$ 200 mi em projeto de mineração mais sustentável

Contemplada, Nexa Recursos Minerais usará parte do recurso para adequar emissões de gás do efeito estufa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou contrato de financiamento no valor de R$ 200 milhões com a Nexa Recursos Minerais por meio do programa BNDES Crédito ASG, com condições vinculadas à melhoria de indicadores sociais e ambientais. 

No caso da Nexa, que atua no setor de mineração e metalurgia, foi estabelecido, por exemplo, que a empresa deve obter o selo ouro no padrão internacional GHG Protocol, utilizado pelas empresas para divulgação de suas emissões de gás de efeito estufa. Para alcançar esta certificação, a Nexa deverá cumprir o ciclo de participação e publicar seu inventário de emissões de escopo 1 e 2 (respectivamente, aquelas decorrentes da atividade da empresa e de seu consumo de energia) no Registro Público de Emissões, plataforma desenvolvida pelo Programa Brasileiro GHG Protocol com verificação feita por órgão acreditado pelo Inmetro.

Entre as contrapartidas pactuadas com o Banco, estão ainda a elaboração de uma política de responsabilidade socioambiental que contemple a política de investimento social com foco em educação e diversidade, a publicação de relatório de sustentabilidade e a obtenção de uma certificação em responsabilidade social para unidade da Nexa localizada em Três Marias (MG).

Mineração mais sustentável

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, “com o financiamento à Nexa, o primeiro de crédito ASG para uma companhia do setor de mineração, o BNDES ajuda a induzir uma retomada da atividade industrial em bases mais sustentáveis, alinhada à agenda do clima e à nova política industrial, capaz de gerar empregos e renda no país”.

Em 2023, a Nexa atualizou seu programa ESG, assumindo o compromisso de zerar suas emissões de gases de efeito estufa até 2050. A companhia planeja, para isso, reduzir suas emissões diretas em 20% até 2030, o que representa uma redução de cerca de 52 mil toneladas de CO2 equivalente. Além disso, pretende manter majoritariamente a participação de fontes renováveis em sua matriz energética e aprimorar a apuração das emissões provenientes da sua cadeia de valor.


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*Imagem de capa: Depositphotos