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Quase metade (42%) dos executivos automotivos brasileiros estão extremamente confiantes e 45% razoavelmente confiantes de que o setor terá um crescimento mais lucrativo nos próximos cinco anos, totalizando índice de 87% confiantes, traz a 24ª edição da pesquisa “Global Automotive Executive Survey”, conduzida pela KPMG com 1.041 executivos globais do setor automotivo, sendo 33 do Brasil.
A título de comparação, entre os japoneses, 10% estão extremamente confiantes, bem menos que os 32% indicados anteriormente. Na Europa Ocidental, aqueles extremamente confiantes caíram de 31% para 24%. Nos Estados Unidos, de 48% para 43%. A confiança extrema aumentou somente na China, de 28% para 36%.
“O mercado está em rápida transformação e decisões estratégicas precisam ser endereçadas. Apesar dos desafios globais e nacionais, os executivos precisam definir prioridades e agir rapidamente. Há novidades recorrentes em tecnologias de propulsão, formas de fabricação e expectativas dos clientes, as quais estão impulsionando uma transformação profunda. Os consumidores têm cada vez mais variedade de compra enquanto os fabricantes avançam em veículos elétricos, tecnologias híbridas, células de combustível de hidrogênio e combustíveis alternativos. A convergência com empresas de tecnologia também só vai aumentar. É o momento de as empresas agirem para mitigarem riscos e ganharem mercado”, afirma Ricardo Roa, sócio-líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil.
A pesquisa da KPMG abordou também a visão dos executivos do setor sobre veículos elétricos (VEs). Na Europa Ocidental, por exemplo, os respondentes estimaram, no ano passado, que os veículos elétricos a bateria representariam 24% das vendas em 2030, estimativa que agora subiu para 30%. Nos Estados Unidos a estimativa passou de 29% para 33%, na China de 24% para 36%. Entre os brasileiros, a estimativa é de 23%.
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Por outro lado, os respondentes globais da pesquisa estão menos otimistas sobre o quão cedo os VEs podem atingir a paridade de custos com carros convencionais. No ano anterior, mais da metade (70%) dos executivos disseram esperar a paridade até 2030, índice que caiu para 66% agora. Ainda assim, 87% dos executivos chineses de fabricantes de equipamentos originais (original equipment manufacturer – OEMs) esperam a paridade até 2030, em comparação com 71% no ano passado.
Entre os brasileiros, o otimismo também cresceu, de 30% para 61% entre o levantamento anterior e o atual.
A publicação evidenciou ainda que mais de dois terços dos fabricantes de OEMs preveem um aumento de preços de 5% a 10% em 2024. Entre os brasileiros, esse percentual é de 73%, atingindo 100% entre os fabricantes de caminhões, startups de mobilidade, revendedores independentes e fornecedores energia/infraestrutura de carga.
Em função dos desafios e oportunidades, a pesquisa da KPMG listou também quatro prioridades para os líderes posicionarem melhor suas empresas e transformarem o setor automobilístico.
A primeira está na diversificação das apostas e no comprometimento com uma visão de futuro, ou seja, considerar as perspectivas tanto do motor de combustão interna quanto das possíveis alternativas.
Outra prioridade é a incorporação da Inteligência Artificial (IA), que deve impactar todos os aspectos do negócio automobilístico, desde a forma como os carros são projetados e fabricados até as maneiras como são vendidos e dirigidos.
Terceira prioridade, segundo a KPMG, está em encontrar os colaboradores certos. Considerando que ninguém pode fazer tudo sozinho, as empresas do setor precisam refletir melhor sobre trabalhar com o ecossistema e encontrar alianças e parcerias de negócios. Finalmente, a quarta prioridade é enfrentar os desafios globais, e a saída está em acelerar uma estratégia mundial que contribua para o lucro a partir das diferenças entre mercados, não apenas das semelhanças.
Conduzida pela KPMG, a 24ª edição da pesquisa “Global Automotive Executive Survey”, contou com a participação de 1.041 executivos do setor automobilístico. Em relação ao faturamento global anual das empresas, 323 trabalham em organizações com faturamento global anual mínimo de US$ 1 bilhão, 238 são de empresas com receitas de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, e 459 de empresas com menos de US$ 500 milhões. Um total de 30 países e territórios foram representados (África, Ásia, Europa, América Latina, Oriente Médio e América do Norte).
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