Estudo destaca contexto e desafios da indústria metalúrgica no Brasil

Setor metalúrgico tem uma importância significativa na economia global e se destaca como um dos principais setores industriais do Brasil

Demanda interna insuficiente e falta de consumidores fizeram de 2023 um ano complicado para o setor industrial. Para a indústria metalúrgica, especificamente, o que tornou o ambiente menos favorável foi a disputa entre as indústrias e siderúrgicas pelo aço importado, aponta estudo sobre a indústria metalúrgica e importações de máquinas e equipamentos industriais lançado recentemente pela Logcomex.

"O conflito instalado entre os produtores de aço e as indústrias consumidoras vem forçando o governo a arbitrar a questão”, avalia Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que trabalha com tecnologia para o comércio exterior por meio de plataforma completa end-to-end e que tem a proposta de ajudar gestores a planejar, monitorar e automatizar a cadeia de suprimentos.

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Ele explica que, no Brasil, o setor metalúrgico também enfrenta desafios, como flutuações nos preços das commodities, questões ambientais e regulamentações governamentais. “Além disso, a necessidade de investir em pesquisa e desenvolvimento é vital para garantir a competitividade em um cenário global cada vez mais exigente”, afirma.

De acordo com Hofstatter, o setor metalúrgico tem uma importância significativa na economia global e se destaca como um dos principais setores industriais do Brasil, já que compreende todo o segmento de transformação do metal e outros produtos. “De acordo com o estudo “Perfil Setorial da Indústria”, da Confederação Nacional da Indústria, o segmento de metalurgia emprega mais de 200 mil pessoas e representa aproximadamente 3,1% do Produto Interno Bruto do Brasil”, conta.

O estudo traz alguns rankings, como o de países exportadores do setor metalúrgico brasileiro. “Em primeiro lugar está a China, com US$ 4,795 bilhões em exportações; seguida por Chile, com US$ 1,787 bilhão, e Estados Unidos, com US$ 1,209 billhão”, explica o executivo. “O estado brasileiro que mais importa é São Paulo,US$ 4,631 bilhões em valor FOB, 28% do total movimentado em 2023”, acrescenta.

Máquinas e equipamentos

A importação de máquinas e equipamentos industriais também é detalhada no documento. “Com uma economia diversificada, nosso país importa uma variedade significativa de máquinas e equipamentos industriais para atender às demandas de setores como manufatura, agronegócio, construção civil, entre outros”, relata Hofstatter, citando que a região sudeste do Brasil lidera o ranking de importação, com o estado de São Paulo ocupando o primeiro lugar com um valor FOB transacionado no valor de US$ 9,633 bi, ou 40% do valor FOB total.


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*Imagem de capa: Depositphotos