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Há apenas três meses do anúncio de investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões no Brasil, a ArcelorMittal acaba de comunicar um novo aporte bilionário, desta vez na unidade de Barra Mansa, no estado do Rio de Janeiro. A empresa informou na última quinta-feira (10) investimentos de R$ 1,3 bilhão, concentrados nos próximos três anos, que serão direcionados para expansão na produção da aciaria e laminação. A produção será voltada prioritariamente para o mercado interno.
“O investimento acompanha o crescimento de mercado e amplia ainda mais o nosso portfólio. Nossa meta é oferecer um leque cada vez maior de produtos de alta qualidade. O fato de sermos líderes não nos acomoda. Ao contrário: nos faz estar sempre em busca da antecipação das necessidades dos nossos clientes”, afirma Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO ArcelorMittal Aços Longos LATAM e Mineração Brasil.
O projeto consiste na ampliação do atual laminador, instalação de um novo laminador e melhorias na Aciaria para ampliação do portfólio de produtos de alta qualidade. Desta forma, com a nova linha, a capacidade de laminação irá crescer aproximadamente 500 mil toneladas/ano. Já a aciaria terá a capacidade dobrada. No pico da obra, cerca de 1,2 mil trabalhadores vão ser contratados. Para esta nova fase de investimentos, a expectativa é que sejam gerados cerca de 200 novos empregos diretos e 150 indiretos.
O anúncio deste novo investimento ocorre em meio à comemoração dos 100 anos de atuação do segmento de Aços Longos no Brasil e reflete a sua aposta na construção do próximo século de sua história. Da mesma forma, fortalece a posição de destaque da empresa no portfólio de produtos do Grupo ArcelorMittal e como benchmark em termos de segurança, qualidade, rentabilidade, inovação e sustentabilidade.
Os aportes anunciados se somam aos outros R$ 4,3 bilhões divulgados em novembro do ano passado. Na ocasião, a empresa comunicou a aplicação de recursos na usina de Monlevade e na mina de Serra Azul, em Minas Gerais, para aumento da capacidade de produção. A planta industrial de Monlevade quase dobrará a capacidade produtiva, passando do atual 1,2 milhão de toneladas/ano de aço bruto para 2,2 milhões de toneladas/ano em 2024. Já a mina de Serra Azul terá sua produção praticamente triplicada, do atual 1,6 milhão de toneladas/ano para 4,5 milhões de toneladas/ano de minério de ferro.
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Outro projeto em andamento é a retomada das obras de expansão na ArcelorMittal Vega, em São Francisco do Sul (SC). Está prevista uma terceira linha de galvanização e uma nova linha de recozimento contínuo, o Cold Mill Complex (CMC), que permitirá o beneficiamento combinado de aços laminados a frio e revestidos. O investimento na expansão é de aproximadamente R$ 1,95 bilhão.
Somados, os investimentos nos segmentos de aços longos, aços planos e mineração em andamento no Brasil chegam a R$ 7,6 bilhões concentrados nos próximos três anos.
Os investimentos foram decididos por uma análise estratégica de negócio. De acordo com as estatísticas do Instituto Aço Brasil, a produção de aço bruto no Brasil alcançou 36 milhões de toneladas, crescendo 14,7% em 2021 na comparação com o ano anterior. Já o consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu 26,4 milhões de toneladas, subindo 23,2% no ano passado em relação a 2020. Deste modo, ainda que os resultados extraordinários de 2021 não sejam mantidos, a empresa acredita no crescimento significativo da demanda por aço, especialmente nos setores-chave da economia brasileira, como construção civil, automotivo, máquinas e equipamentos, e por minério de ferro.
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