Indústria de fundição de MG pode crescer até 22% em 2021

A notícia foi dada por Afonso Gonzaga, presidente da ABIFA e dos Sindicatos da Indústria de Fundição do Estado de Minas Gerais e São Paulo.

De acordo com Gonzaga, esperava-se que a indústria brasileira de fundição crescesse 15% em 2021. No entanto, essa meta foi atingida nacionalmente em junho. “Como o segundo semestre costuma ser mais fraco, estamos com uma previsão de 20% de crescimento da produção nacional até o final do ano” pontua Gonzaga.

O otimismo do setor está embasado no aquecimento de segmentos como o agronegócio, mineração, siderurgia, fabricação de utensílios domésticos e máquinas e equipamentos, que geraram grande aumento de demanda de fundidos.

“Mesmo com o aumento de preços de insumos como o ferro-gusa, que em 2019 custava R$ 1.300,00/t e hoje custa R$ 4.600,00/t, aproximadamente, estamos conseguindo manter as vendas, repassando os reajustes para o consumidor”, afirmou Gonzaga.

Empregos

O crescimento do segmento de fundição em todo o país também gerou mais empregos. “Tínhamos 52 mil (empregados) em todo o país em 2020. Hoje temos 56 mil”, afirmou.

Em Minas Gerais, situação similar também está acontecendo. “Passamos de 19 mil trabalhadores para 22.500”, comemorou.

Estado de Minas Gerais

O crescimento do setor de fundição em Minas Gerais está maior que a média nacional. Até maio deste ano, a venda de fundidos no Estado tinha crescido 17%.

“Acreditamos que no Estado de MG o crescimento chegue a 22% até dezembro”. Parte do sucesso do segmento, segundo Gonzaga, se deve ao diálogo que o setor vem mantendo com o governo federal, que tem adotado medidas que possibilitam aos empresários da indústria o desenvolvimento de novos negócios.

“A ideia é que, com a diminuição da carga tributária, deixemos de ocupar o 10º lugar no ranking mundial de fundição, para ocupar o sexto”, afirmou. Ainda conforme Gonzaga, o setor está confiante de que as Reforma Tributária e Administrativa sejam aprovadas ainda em 2021, o que desonerará o empresariado, aumentando a possibilidade de crescimento da economia em todo o país.


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“Se entenderem que a diminuição das alíquotas aumentará a base arrecadadora, teremos um novo Brasil”, finaliza.