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A Renault anunciou nesta terça-feira (21) o fechamento do terceiro turno de produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Com isso, 747 trabalhadores foram demitidos.
A fabricante é a segunda empresa do setor a fazer demissões desde o início da pandemia. No fim de junho, a Nissan também encerrou um turno na sua fábrica, em Resende (RJ) e demitiu 398 empregados.
Após o anúncio da demissão, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba convocou uma assembleia, na qual os trabalhadores aprovaram uma greve geral "até que as demissões sejam revistas pela empresa".
As duas empresas fazem parte da mesma aliança, que também inclui a Mitsubishi. Recentemente, o grupo anunciou uma reestruturação nas operações. A Renault, por exemplo, informou o corte de cerca de 15 mil trabalhadores em todo o mundo nos próximos 3 anos.
A Renault afirmou, em nota, que o corte dos funcionários no Paraná faz parte da estratégia de enxugamento da estrutura.
“Esta medida (demissões) também está alinhada com o projeto de redução de custos anunciado pelo Grupo Renault em maio, válido para todo o mundo".
Além das demissões, as empresas anunciaram que usarão uma mesma plataforma para a produção de veículos compactos das duas marcas no Brasil. Hoje, Renault e Nissan usam 4 bases diferentes.
No início da pandemia praticamente todas as montadoras concederam férias coletivas. Posteriormente, recorreram à Medida Provisória 936 para redução temporária de salários e jornadas.
Algumas têm mantido parte dos trabalhadores afastada por meio de suspensão temporária de trabalho. Mas os dirigentes do setor têm alertado sobre a iminência de demissões.
Também em nota, a direção da Renault queixou-se da dificuldade de negociar com os representantes dos trabalhadores. Tanto as propostas de redução salarial e de jornada como a abertura de programa de demissões voluntárias foram rejeitadas em assembleias.
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