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A Covid-19 está acelerando a transformação do mercado tradicional de automóveis de passageiros que já estava em curso. Além disso, a pandemia está impulsionando o surgimento de mercados automotivos regionais diferentes, mas também criará novas oportunidades para os fabricantes. Essas são algumas das principais conclusões da 21ª edição da tradicional "Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020" (Global Automotive Executive Survey 2020, em inglês), GAES 2020, conduzida pela KPMG.
O conteúdo também revelou que não se espera que a produção e as vendas de veículos se recuperem globalmente já no terceiro trimestre deste ano. Além disso, o aumento da capacidade ocorrerá em ondas e, portanto, deve variar muito de uma região para outra.
A previsão, ainda, é que a pandemia levará a mudanças fundamentais na demanda e, consequentemente, deve gerar oportunidades para os fabricantes em decorrência da possibilidade das pessoas se afastarem do transporte público e estarem dispostas a voltar a investir em carro próprio para se sentirem mais seguras.
"Os consumidores consideram mais que nunca os veículos como um meio de proteção para sua segurança pessoal, portanto, ponderam cuidadosamente seu orçamento com sua saúde pessoal. É aqui que os fabricantes devem se reposicionar e intensificar o relacionamento com seus clientes. Em períodos de incerteza e de aumento da conscientização de custos pelos consumidores, isso inclui o desenvolvimento de ofertas contratuais flexíveis e acessíveis para novos veículos, principalmente nos produtos de entrada", afirma Ricardo Bacellar, sócio-líder do setor de Industrial Markets e Automotivo da KPMG no Brasil.
De acordo com a pesquisa, entender o cliente em todos os pontos de contato de sua jornada completa é fundamental e as decisões de compra serão orientadas pelo "ticket de entrada", custo total de propriedade e uma experiência de mobilidade simples e transparente.
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Outro dado é que, com a complexidade crescente de relacionamento com clientes, espera-se nesse setor um aumento nas despesas de marketing. Apesar disso, em uma visão global, as compras on-line estão mais distantes do que o esperado, uma vez que um em cada cinco consumidores globais (20%) afirmaram que não comprarão um carro on-line. Porém, vale ressaltar o peso dos aspectos sócio-econômico-culturais para uma melhor assertividade por País.
"Neste momento de alta criticidade, é fundamental que a indústria tenha acesso a informações qualificadas que suportem suas decisões estratégicas de negócio e acompanhe com extremo cuidado as eventuais alterações de percepção de valor de compra dos consumidores. Estes dois elementos serão cruciais para ditar o rumo dos próximos passos na retomada dos negócios", completa Ricardo Bacellar, da KPMG.
A 21ª edição da "Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020", GAES 2020, da KPMG, foi conduzida com mais de 1.100 executivos dos setores automotivo e de tecnologia e mais de 2.000 consumidores de 30 países, com dados coletados em fevereiro de 2020. Mais da metade (59%) dos tomadores de decisões trabalham para empresas com faturamento superior a US$ 1 bilhão, enquanto 22% atuam em empresas com faturamento superior a US$ 10 bilhões.
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