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Em uma coletiva de imprensa on-line na manhã de sexta-feira, 8, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que inclui a indústria de máquinas agrícolas, divulgou o balanço referente à abril.
O cenário é de queda. Na comercialização interna de máquinas agrícolas e de construção, tomando por base abril em relação a março, foram cerca de 40% a menos em vendas e em relação a abril do ano passado cerca de 24%. Foram vendidas 2,4 mil unidades, diante de 4,1 mil em março. Para exportação seguiram 477 unidades, queda de mais de 50%. Em valores retração de 64% na exportação. A produção caiu 60 % em abril quando comparado ao mês anterior, mesmo índice quando comparado a abril de 2019 (60,3 %). Foram produzidas 1,8 unidades, devido a uma paralisação de 20 dias pelo Covid-19. Em março foram 4,3 mil unidades.
Veja os números no gráfico:
“Esse é um momento em que o produtor está mais cauteloso em relação a seus investimentos mas a indústria não quer parar, assim como a produção agrícola não parou em nenhum momento”, destacou o vice-presidente da entidade e responsável por máquinas, Alfredo Miguel Neto.
O cancelamento e adiamento de importantes feiras para o setor de máquinas como a Agrishow, que ainda espera definição tem levado muitas empresas do setor a divulgar produtos e tecnologias de forma virtual a seus clientes. “As feiras são muito importantes para o contato com cliente. Precisamos é pensar em alternativas. Acredito que esse ano não teremos Agrishow”, diz. Na edição passada a feira, que ocorre em Ribeirão Preto (SP), comercializou R$ 2,9 bilhões.
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Os desafios da tecnologia x conectividade
O dirigente acredita que o Brasil tem o necessário para produzir muito mais do que hoje e ser competitivo: sol, água, clima favorável, solo e mão-de-obra capacitada mas que os produtores não conseguem utilizar as tecnologias disponíveis nas máquinas.
“É como se tivéssemos um controle remoto e só usássemos o on e o off. O que precisamos é potencializar o uso da tecnologia da máquina para extrair o máximo dela em produtividade e lucratividade. Isso não é novidade. A alta tecnologia embarcada fica a dever porque não temos conectividade em áreas rurais. Deveria ser um projeto de Estado para dar a importância que o produtor merece, trazer desenvolvimento. O produtor tem máquinas no campo e não consegue fazer com que elas falem entre si e transmitam informações para o escritório”, defende Miguel.
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