Fonte: Agência AutoInforme - 19/09/07
Há alguns anos a economia mundial tem mostrado uma tendência de concentração do capital. O economista Marcio Pochmann, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) disse em entrevista ao repórter Luís Brasilino, do jornal Brasil de Fato que essa concentração deve ser ainda maior nos próximos vinte anos, quando - prevê - não haverá mais do que 500 mega corporações dominando todo o setor produtivo e financeiro mundiais.
E entre os setores onde a concentração está mais latente destaca-se a indústria automobilística. Hoje temos 15 empresas produtoras de veículos, mas a tendência é isso ser reprimido para não mais de seis (duas dos Estados Unidos, duas da Europa e duas da Ásia), avalia o professor.
Ele explica que o processo é decorrente de um esgotamento do ciclo de expansão dos setores industriais e produtivos oriundos da segunda revolução industrial e tecnológica, do final do século 19, com a energia elétrica, o motor de combustão, a eletro-eletrônica, dentre outros. Em decorrência disso, fez-se necessário constituir grandes empresas em substituição ao padrão de pequenas empresas que existia até então.
Só que, desde os anos 1970, há uma saturação dos produtos desse modelo fordista (grandes empresas, concentração de trabalhadores, produção em larga escala etc.) As empresas passaram a investir em tecnologia como forma de reduzir custos e ter espaço dentro desse novo mercado.
O faturamento da General Motors, maior empresa de automóvel do mundo, era em 2005 de 193 bilhões de dólares, segundo fontes do Banco Mundial e da revista Forbes. É uma montanha incalculável de dinheiro. É maior do que a Renda Nacional Bruta (RNB) de 181 países, dentre 208 listados em ranking do Banco Mundial, em 2005. Quer dizer: com esse dinheiro, a Vale poderia adquirir todas as riquezas produzidas durante um ano inteiro em países como Hong Kong, Argentina, Portugal, Irlanda, Israel, Venezuela ou Emirados Árabes.
A lista dos maiores faturamentos do mundo é dividida entre corporações e países, meio a meio. Conforme dados do Banco Mundial de 2005 eram 49 corporações e 51 países, sendo boa parte das corporações do setor automobilístico, muitas montadoras. A GM tem o 32o. faturamento mundial, tendo à sua frente 22 países e quatro empresas: Esso, Wal-Mart, Shell e a cia de petróleo britânica BP.
A Ford vem em seguida, com faturamento anual de 178 bilhões, maior do que a renda bruta da Tailândia e do Irã. Seguem a DaimlerChrysler (177 bilhões) e a Toyota (173), na frente de Portugal, Malásia, Singapura,m entre outros.
Na lista das 100 primeiras, 15 são empresas diretamente ligadas à indústria automobilística e sete são montadoras de veículos. Além, da poderosa GM faturam mais do que a Renda Interna Bruta da maioria dos países do globo a Ford (185 bilhões), DaimlerChrysler (177 bilhões), Toyota (173), Volkswagen (113), Honda (81) e Nissan (80).
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