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Embora seja cada vez mais difícil enxergar o futuro mediante disrupções de toda ordem, é possível confirmar, sem qualquer erro, que a qualidade será imprescindível para que as empresas que compõem a cadeia de valor do aftermarket automotivo tenham a condição de tomar decisões de caminhos a trilhar, sem ficarem atônitas por todas as mudanças que estão por vir. A qualidade será requisito para que as empresas suportem as evoluções tecnológicas dos veículos, reflexos de exigências cada vez mais severas do mercado, que se transformam em legislações compulsórias por parte dos governos, com desdobramentos em toda a cadeia.
Tais avanços tecnológicos irão impactar a produção, a distribuição e a comercialização de autopeças, a comercialização de veículos no que tange ao pós-vendas e a execução de reparos complexos em retíficas de motores e vários segmentos de oficinas, além da locação de veículos mediante novos desafios da mobilidade.
Exemplo mais prático disso são os elevados investimentos da indústria no desenvolvimento de tecnologias para a redução dos níveis de emissões, que refletem diretamente no mercado da reposição, com distribuição de novos componentes, que demandam uso de equipamentos avançados e capacitação de mão de obra. Além disso, a distribuição e a comercialização de peças serão tratadas com players jamais vistos neste setor: Nvidia, Cisco, Microsoft e Intel, entre tantos outros.
Oficinas que operam sistemas de climatização já começam a lidar com o novo gás refrigerante 1234YF, que não agride a camada de ozônio, mas tem alto poder de explosão se manuseado de forma errada, sem o uso de equipamentos calibrados e componentes acreditados. Sistemas de telemetria deverão ser os primeiros a ganhar mais impulso após o avanço de sensores contra colisões, que demandarão profissionais ainda mais preparados, com as devidas credenciais acreditadas pelo mercado.
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Qual será o investimento em equipamentos para que as retíficas trabalhem os novos motores? A diversificação da matriz energética poderá ser uma alternativa? As concessionárias conseguirão manter serviços de funilaria e pintura? Compensarão para estruturas que mostram tendências de diminuição de tamanho? Os veículos de locadoras utilizados para mobilidade encontrarão as mesmas garantias de fábricas hoje disponibilizadas? Ou vão requerer estruturas já montadas, mas que deverão ser acreditadas? É realmente um caldeirão de incertezas de toda a ordem.
A qualidade como resposta a essas incertezas se traduz na certificação das empresas, que garante amparo legal às organizações e tranquilidade aos consumidores. Uma empresa certificada atenderá questões de compliance, meio ambiente e segurança, entre outras, de modo a garantir a melhor atuação em cada área de competência.
Resultado de parceria entre o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) e o Sindicato da Indústria da Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa Nacional), o Programa de Incentivo à Qualidade (PIQ) tem papel vital nesta transformação no setor da reparação de veículos, pois dá visibilidade à oficina que atua mediante credenciais sérias, ao tempo em que se traduz em segurança jurídica para indústrias e todo o trade.
Já imaginou se uma montadora resolver credenciar oficinas? Esta indústria irá priorizar uma empresa isolada sem qualquer credencial ou uma certificada e auditada, como já faz com os fornecedores? É urgente romper a barreira da informalidade da qualidade e assumir o papel de valorização dos negócios, que se traduz em transparência e tranquilidade aos consumidores e valorização de toda a cadeia de empresas que formam o aftermarket automotivo.
Esses e outros temas serão abordados no 7º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, que receberá lideranças de diferentes segmentos da indústria – como montadoras, autopeças, concessionárias, distribuidores, oficinas, locadoras de veículos, entidades setoriais, consultorias e governo – dia 16 de setembro, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo. Participe!
* Luiz Sergio Alvarenga é membro do Conselho do IQA e diretor executivo do Sindirepa Nacional
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