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A alta de 12,5% nas vendas domésticas de veículos nos primeiros cinco meses do ano mais que compensou a queda de 42% nas exportações, sustentando o crescimento de 5,3% na produção de automóveis, utilitários, caminhões e ônibus no País entre janeiro e maio, na comparação com o mesmo período de 2018. Foram fabricadas 1,24 milhão de unidades, o melhor resultado acumulado deste 2014, segundo balanço divulgado na quinta-feira, 6, pela associação que reúne os fabricantes, a Anfavea.
Foi também o maior nível mensal de produção registrado desde agosto do ano passado e o melhor maio desde 2014, com 275,7 mil veículos produzidos, em alta de 3,1% sobre abril e de quase 30% ante o mesmo mês de 2018. O crescimento porcentual expressivo é devido à greve dos caminhoneiros ocorrida há um ano, que provocou falta de peças e paralisou por cerca de oito dias as linhas de montagem em todo o País.
Apesar do resultado positivo até aqui, as exportações em queda estão puxando para baixo as estimativas da Anfavea de produção total de veículos este ano. A entidade projetou no início de 2019 a fabricação anual de 3,14 milhões de unidades, que corresponderia à alta de 9% sobre 2018.
“A baixa nas exportações deve afetar a produção e é possível que o crescimento de 9% que projetamos para este ano seja menor, em torno de 5%”, admite Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea.
Moraes também alertou que a ociosidade geral da indústria permanece alta, em torno de 40%. “Aumentar as exportações são o melhor caminho para ocupar as linhas de produção”, avalia, levando em conta que a fragilidade da recuperação econômica no Brasil pode não ser suficiente para sustentar por muito mais tempo o crescimento do mercado interno.
Nível de emprego cai
Com 130 mil empregados registrados em maio, o nível de emprego em todos os fabricantes de veículos recuou 1,8% na comparação com o número de um ano atrás. A pequena contração é debitada quase que integralmente ao anunciado fim das operações da Ford em São Bernardo do Campo (SP). A montadora já iniciou o processo de demissões na unidade, que até o encerramento das atividades previsto para novembro podem chegar a mais de 2 mil pessoas, e também leva adiante plano de demissões voluntárias na fábrica de motores de Taubaté (SP), que resultou em 160 desligamentos na planta.
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Com as exportações apontando para baixo e mais da metade das vendas internas apoiadas em negócios corporativos (faturamento direto a frotistas, locadoras e pessoas com deficiência), em algum momento a produção pode começar a recuar, provocando novas reduções de mão de obra na indústria. É o caso, por exemplo, da Toyota, que após abrir o terceiro turno em novembro na unidade de Sorocaba (SP), este mês lançou programa de demissões voluntárias com meta de cortar 340 funcionários do quadro. A planta está sendo afetada pela queda de embarques à Argentina e a empresa trabalha com possível arrefecimento do mercado doméstico.
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