Fonte: Gazeta Mercantil - 04/09/07
Nordeste ou Sul, uma dessas duas regiões terá uma unidade da encarroçadora de ônibus do país. Trata-se da Induscar - Indústria e Comércio de Carrocerias Ltda. - que após ter arrendado em 2001 a massa falida da tradicional Caio, é simplesmente, hoje, a líder em produção no Brasil. "Onde estamos, em Botucatu, [SP], não temos condições de crescer e um dos motivos é a complexidade dos tipos de carrocerias que passamos a produzir", disse a este jornal Mauricio Lourenço da Cunha, diretor industrial da Induscar.
A Induscar arrendou a Caio em 18 de janeiro de 2001. Com falência decretada e passivo à época, em torno de R$ 100 milhões, a marca vinha se desmilingüindo. Com efeito, depois de seu recorde, em 1996, com 455 carrocerias mensais, em 2000, o último ano de operação com os ex-controladores, o ritmo caiu para 125 carrocerias mensais.
O arrrendatário, um dos maiores frotistas da encarroçadora, o chamado Grupo Ruas, com 4,5 mil ônibus operando na cidade de São Paulo, ao assumir, firmou como um dos compromissos montar cerca de 300 carrocerias encomendadas e não entregues. Enfim, recolocou ordem na casa. Já no primeiro ano, 2001, a cadência mensal subiu para 225 unidades, aumentou para 350 unidades em 2003 e para 450 carrocerias mensais no ano seguinte. Em 2005, ficou em 460 carrocerias, voltou a subir (500 unidades) em 2006 e, neste 2007, o ritmo está em 580 carrocerias mensais.
"Ao arrendarmos a Caio, tínhamos só alguns tipos de carrocerias, com destaque para o modelo feito sobre motor dianteiro. Hoje, nosso leque é imenso. Além da convencional, com motor dianteiro, temos articulados, biarticulados, piso baixo, motor traseiro, vários tipos de micros e minis, o Atilis e o furgão em parceria com a Mercedes-Benz. E temos a linha rodoviária. Enfim, há pelo menos 20 vezes mais complexidade do que tínhamos há seis anos", grifa Lourenço da Cunha.
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