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A Unipar Indupa, que há pouco mais de dois anos assumiu as operações da Solvay, em Santo André, próximo da divisa com Rio Grande da Serra, está investindo R$ 90 milhões em uma nova planta para produção de PVC, que será inaugurada em maio. A empresa já é a segunda maior produtora de PVC da América Latina, além de ser líder no mercado de cloro e soda cáustica e ainda produz hipoclorito de sódio (presente nos alvejantes), ácido clorídrico e dicloroetano, materiais com ampla aplicação na indústria. Além do parque fabril de Santo André, a Unipar conta ainda com unidades em Cubatão, e Bahía Blanca, na Argentina.
Segundo Willi Nass, diretor executivo da Unipar, o investimento será em modernização e expansão de uma das unidades de produção de PVC que já existe na fábrica de Santo André. “Temos uma produção mais antiga e outra mais nova, o que vamos fazer é pegar essa mais nova, modernizar e ampliar”, disse o executivo que revelou que a ampliação está em fase final de construção. Chamada de PVC 3, essa nova linha vai permitir a Unipar aumentar em 10% a produção de PVC. Hoje a capacidade instalada de produção do produto é de 300 mil toneladas por ano. Além de abastecer os mercados onde está presente, Brasil e Argentina, a Unipar exporta para toda a América Latina, Índia e Marrocos, tendo o PVC e a Soda Cáustica como principais produtos exportados. A empresa não divulgou quantos empregos seriam criados com a ampliação.
Em apresentação dentro do programa Fábrica Aberta, Nass, e outros executivos do grupo como João Raful (de Recursos Humanos) e Airton de Andrade (gerente de produção), garantiram que a empresa – apesar da atuação no ramo químico ser vista como poluidora- respeita todas as normas de segurança e tem diversas barreiras de segurança, para evitar acidentes como o que fez mais de 150 vítimas (já confirmadas) em Brumadinho, com o rompimento de barragem de rejeitos de minério. “Na indústria química, como na de mineração, se adota uma cultura preservacionista de se evitar acidentes e, se não conseguir, ter ações de mitigação de impactos. Faz parte do dia-a-dia de uma indústria lidar com acidentes”, disse Nass. “Em Brumadinho houve falha e temos que aprender com os erros”, acrescentou Andrade.
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Segundo os diretores, a Unipar conta com bacias de contenção em cada unidade de produção, para evitar vazamentos. As águas utilizadas ficam em sistema fechado e, quando descartadas são encaminhadas para a Sabesp que faz o tratamento e a comercializa como água de reuso. Os cerca de 430 funcionários diretos passam por constante treinamento, bem como os funcionários terceirizados, cujo contingente flutua entre 200 e 300. A empresa também tem preocupação com o entorno e o programa Fábrica Aberta, é uma das iniciativas através da qual qualquer cidadão maior de 15 anos pode agendar uma visita e conhecer as dependências da indústria.
A empresa também mantém outros programas sociais e ambientais. “Nos preocupamos com nossos vizinhos. Aqui tudo é público, além das licenças que temos que ter de órgãos como a Cetesb, que nos visitam regularmente, as pessoas podem visitar a empresa”, destaca Willi Nass. A área total da unidade Andreense/Riograndense, tem 12 milhões de metros quadrados, mas apenas 1 milhão é ocupado pelas instalações. “E é mais do que suficiente para nossas atividades”, disse Airton de Andrade. O restante é mantido como mata nativa e é preservada pela companhia.
O diretor de Recursos Humanos destacou os programas sociais da empresa que estão mais ligados a área educacional. “Estamos focados, por exemplo, na reforma de escolas de Rio Grande da Serra, em parceria com a prefeitura”, apontou Raful. Há ainda o patrocínio da escola de música da cidade.
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