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A fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG) trabalha a todo o vapor e com todos os recursos possíveis para atender a crescente demanda do mercado de caminhões, que neste ano deve atingir as 85 mil unidades produzidas, considerando o volume total de produção do setor, estima a empresa, que inclui os modelos semileves na conta. Embora o volume cresça por conta de um mercado em franco crescimento, a marca deverá manter sua participação entre 6% e 7% neste ano.
“Estamos trabalhando os cinco dias úteis da semana, os sábados e fazendo horas extras, utilizando assim toda a capacidade possível de um turno, porque já estamos produzindo pedidos de 2019”, conta o gerente de trade marketing e de desenvolvimento comercial da Iveco, Jesiel Tasso.
O executivo afirma que produziria mais não fosse pela falta de capacidade de alguns fornecedores, que têm mais dificuldade para entregar o volume necessário conforme a demanda. “A cadeia demora mais para iniciar a curva de aumento da produção porque o mercado está crescendo mais do que o esperado”, comenta. “Mas estamos com uma fila semelhante à média do mercado, em torno de quatro meses”, revela.
Apesar disso, a empresa comemora o bom momento do segmento pesado, claramente impulsionado pelo agronegócio, que não vive só de grãos. A fabricante destaca a forte atuação de seus veículos pesados, como o Hi-Way e Tector, no oeste de Santa Catarina, mais precisamente em Chapecó e região, onde está localizada a maior parte de empresas produtoras de alimentos do segmento frigorífico no Brasil. Ali, se desenvolveram muitas transportadoras dedicadas e exclusivas para atender o negócio refrigerado.
O grupo de concessionárias Carboni com sede em Chapecó é representante Iveco desde que a montadora chegou ao País, há mais de 20 anos. Seu fundador, Osmar Carboni, estima que 70% do transporte nacional por caminhões frigorificados têm origem na região. A empresa que tem oito casas espalhadas pela Região Sul do Brasil é responsável por 13% das vendas de caminhões pesados da Iveco no País – o segmento é responsável por 70% dos negócios do grupo. Em termos de representatividade nas vendas de pesados da marca, só perde para a Cofipe, outro grupo de concessionários e representantes Iveco.
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A Carboni já registrou a venda de 170 caminhões por mês em anos mais vigorosos – atualmente, o grupo contabiliza 90 vendas mensais, das quais 40 a 50 são de veículos pesados. Só neste ano, o grupo entregou 50 caminhões para um único cliente e um dos maiores transportadores da região que atua em todo o território nacional, a Framento.
“Do total de 150 caminhões novos que comprei este ano, 50 são da Iveco. Esta compra programei e fechei em 2017 na Fenatran. Para 2019, já estou programando mais cem caminhões”, conta o empresário e fundador Luis Framento, que pretende investir algo em torno de R$ 70 milhões nos veículos novos no ano que vem. “Mesmo nos piores anos da crise, entre 2015 e 2017, sempre comprei de 50 a cem caminhões por ano; no setor que atuo o cliente exige um caminhão bom e novo, por isso a idade média da nossa frota não chega a três anos”, completa.
Embora os ventos soprem a favor, o gerente comercial da Carboni, Marcelo Velloso indica que o mercado ainda não atingiu seu potencial pré-crise. “O mercado de 2018 ainda será aquém da média que o mercado nacional tem capacidade. Vale lembrar que em 2016 o mercado reduziu para 25% do que era em 2013. O ideal seria algo em torno de 120 mil ou 130 mil caminhões por ano. ”
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