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Num cenário de início de recuperação econômica, a pesquisa e a inovação são importantes para estimular a criação de empregos, disseram secretários e autoridades que participaram da abertura da 16ª Conferência de Inovação da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). O evento faz parte da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), que começou hoje (31) em Belo Horizonte.
Segundo o secretário de Inovação e Novos Negócios do Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Vinícius de Souza, o Brasil tem potencial tecnológico para estimular o empreendedorismo. “O mais importante é o esforço conjunto do setor privado, da academia e do governo para levar a inovação a outro patamar. É um trabalho de muitos anos que tem começado a dar frutos”, declarou.
Para Souza, o uso da inovação com a finalidade de gerar desenvolvimento pode ser alcançado por meio de três eixos: acesso à informação, barateamento das tecnologias e negócios com oportunidade de melhorias sociais e ambientais. “Há muito tempo, as empresas se aperceberam da importância da responsabilidade social, de retornarem para a sociedade parte do que ganham. Os negócios sociais são um modelo novo, que unem a capacidade de gerar progressos sociais e ambientais com a geração de lucro. É uma oportunidade nesse cenário de recuperação.”
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Álvaro Toubes Prata, disse que o investimento nessas três áreas (ciência, tecnologia e inovação) é essencial para melhorar a competitividade do país. “Priorizar esses três temas ajuda a elevar o desenvolvimento a competitividade nacional. Temos visto que há uma revolução em curso sobretudo conduzida pelos jovens, que nem sempre são incomodados com pessimismo”, declarou.
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Desafios
Vice-presidente de Engenharia e Tecnologia na Embraer e presidente da Anpei, Humberto Luiz de Rodrigues Pereira, destacou a necessidade de discutir o que leva o Brasil a obter a 69ª posição nos rankings de inovações entre países. “Estamos atravessando uma transformação tecnológica profunda que afeta e afetará nossos sistemas produtivos. O que acontece depois? Em que ponto a gente perde a vontade de fazer diferente e vencer desafios?”, questionou.
Para o presidente da Anpei, existem entraves no sistema que impedem o país de investir mais na inovação. “Precisamos promover, de alguma forma, a soltura de amarras na criação de laços de cooperação”, acrescentou.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Miguel Corrêa Júnior, disse que o estímulo às startups (empresas de pequeno porte que vendem inovações tecnológicas) representa uma ferramenta importante na geração de desenvolvimento e de renda. Ele defende que o Estado estimule o desenvolvimento dessas empresas em duas etapas: a conexão entre as universidades e as startups e a articulação delas para venderem soluções a médias empresas.
“Procuramos identificar quem gosta do tema nas escolas e nas universidades e fazer o empoderamento desses jovens. O estado [de Minas Gerais] tem 300 agentes que buscam novas startups, negócios e oportunidades de empreendedorismo. Aconselho aos empresários médios que ouçam as startups. Essa turma não quer contratos grandes, mas oportunidades de trabalho. As ações são simples”, declarou Corrêa Júnior.
* O repórter viajou a convite da Anpei
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