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O volume de investimentos internacionais direcionados ao Brasil despencou 23% em 2016, de US$ 65 bilhões para US$ 50 bilhões, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). A queda no fluxo do chamado Investimento Estrangeiro Direto (IED) — normalmente direcionados para projetos de longo prazo — foi mais acentuada que a retração média global, que foi de 13%. Apesar disso, o país saltou da oitava para a sétima posição no ranking das economias que mais recebem recursos do exterior.
O resultado brasileiro também foi pior que o da América Latina. Na região, o recuo do fluxo de investimentos foi de 19%, para US$ 135 bilhões, um resultado influenciado pelo valor das commodities, que ainda estavam em baixa no ano passado.
“A recessão econômica na América Latina e no Caribe, aliada aos fracos preços de commodities para as principais exportações da região, foram fatores para o forte declínio dos fluxos de investimento para a região”, destacou o relatório.
Em relação ao resultado mundial, o relatório mostrou uma reversão em relação ao relatório de 2015. Naquele ano, o fluxo de IED havia tido alta de 36%, alcançando o maior nível desde a crise econômica de 2008. Agora, parte desses ganhos foram perdidos.
Segundo o secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi, o resultado do ano passado reflete a dificuldade de recuperação da economia mundial. Ele destacou a forte queda (-9%) no fluxo de investimentos para projetos industriais, que fechou 2016 em US$ 291 bilhões, considerando todos os setores.
“A recuperação do IED continua ao longo de uma estrada acidentada. Particularmente preocupante é a queda acentuada nos projetos de investimento em produtos manufaturados, que têm um papel tão importante em gerar necessárias melhoras de produtividade em economistas em desenvolvimento”, destacou Kituyi, em comunicado.
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Recuperação em 2017
A expectativa da organização, no entanto, é de recuperação neste ano. A alta, no entanto, não será suficiente para recuperar as perdas do ano passado. Além disso, dependem do desenvolvimento das políticas econômicas.
“Olhando para frente, os fundamentos econômicos apontam para um potencial avanço nos fluxos de IED de cerca de 10% em 2017. No entanto, incertezas significantes sobre a forma do desenvolvimento de políticas econômicas podem prejudicar o IED no curto prazo”.
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