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As fontes renováveis serão as grandes responsáveis pelo aumento da capacidade energética global até 2020. De acordo com a IEA (sigla em inglês para Agência Internacional de Energia), elas responderão por 2/3 de todo o aumento previsto para esse período. O dado consta do novo relatório da agência sobre o tema, apresentado no início deste mês a ministros de energia dos países que compõem o G20 – como Brasil, Argentina, China, Japão, Estados Unidos e União Europeia. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, as fontes renováveis acrescentem ao sistema 700 gigawatts (GW) – número que, segundo a entidade, equivale a mais que o dobro da atual capacidade energética do Japão. Vale ressaltar que mais da metade desse aumento não virá das hidrelétricas, mas de parques eólicos (que aproveitam a força dos ventos para gerar eletricidade), e de usinas fotovoltaicas (que usam a luz do Sol).
Energia emergente
Já em termos geográficos, o destaque irá para países com economias emergentes ou em desenvolvimento. Segundo a IEA, eles responderão por 2/3 da expansão de energia renovável no mundo. A China, sozinha, será responsável por cerca de 40% do incremento energético proveniente de fontes renováveis. Para tanto, demandará quase 1/3 dos novos investimentos do setor. O relatório também chama a atenção para o potencial da África subsaariana. Com excelentes fontes de vento, água e luz solar, os países da região podem encontrar nas fontes renováveis de energia uma aliada importante para o crescimento econômico. Isso requer, porém, vontade política e um avanço no custo-efetividade da produção energética.
De modo geral, os custos relacionados à geração de energia renovável vêm caindo em muitas partes do mundo, diz a agência, citando como exemplos Brasil, Índia, África do Sul e EUA. Esse processo de barateamento se deve ao progresso tecnológico, assim como a melhores condições de financiamento e de distribuição de energia para novos mercados. Porém, o relatório também aponta alguns riscos que ameaçam o setor, como barreiras regulatórias, restrições da rede elétrica e problemas macroeconômicos. E alerta os governantes para que eles reduzam as incertezas políticas que acabam funcionando como freios para um desenvolvimento mais amplo na área.
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Se as previsões da IEA se concretizarem, dentro de cinco anos 26% da produção global de energia virá de fontes renováveis – quantidade suficiente para suprir a demanda atual de China, Índia e Brasil, somados. Dois anos atrás, esse percentual era de 22%. Comparada à média mundial, a situação brasileira é positiva: 66% da eletricidade produzida no país vêm de hidrelétricas, uma opção limpa e renovável. Em junho, a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos EUA, Barack Obama, se comprometeram a assegurar que, até 2030, os dois países contarão com 20% de energia renovável não hidráulica na matriz elétrica.
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