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Fornecedores de máquinas e equipamentos e prestadores de serviços das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato – que apura denúncias de corrupção na Petrobras – podem procurar a Justiça para tentar receber em torno de R$ 300 milhões, segundo cálculos da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O diretor da Abimaq em Minas Gerais, Marcelo Luiz Moreira Veneroso, explica que, em meio às investigações, a estatal do petróleo tem segurado o pagamento de aditivos e contratos sob suspeição. “Assim, as empresas também não têm quitado os débitos com seus contratados”, diz.
Conforme levantamento feito pela associação, 60 empresas já confirmaram ter tido prejuízo e a estimativa é de que outras 60 estejam na mesma situação, mas ainda não se pronunciaram. “Não dá para precisar o valor que é devido para as empresas mineiras, mas com certeza é um valor considerável”, frisou.
De acordo com dados da entidade, em torno de 400 associadas da Abimaq fornecem equipamentos direta ou indiretamente à Petrobras. Logo, mais de um quarto delas (30%) teria valores em atraso a receber.
O diretor conta que a entidade chegou a marcar reunião na Petrobras para falar sobre o assunto no dia 4 deste mês, que acabou sendo desmarcada um dia antes. “Mandamos uma carta para o novo presidente solicitando uma nova reunião, mas ainda não tivemos nenhum tipo de posicionamento. Se não conseguirmos solucionar o problema com a estatal, a saída será a Justiça”, ressalta.
Veneroso, que também é diretor da Neuman & Esser América do Sul, conta que a empresa tem crédito a receber em atraso relativos a dois contratos com duas empreiteiras investigadas, que são da ordem de R$ 5 milhões. O industrial preferiu não mencionar o nome das empresas devedoras.
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