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A produção industrial brasileira fechou o mês de dezembro do ano passado em queda de 2,8%, acentuando o ritmo de perda em relação ao mês de novembro (menos 1,1%), na série livre de influências sazonais. Eventos sazonais são as ocorrências que acontecem sempre em uma determinada época do ano.
Os dados foram divulgados , hoje (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam que, na série livre (sem ajustes), o total da indústria teve queda de 2,7% frente a dezembro de 2013 – a décima taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação.
Com o resultado de dezembro, o setor industrial fechou o quarto trimestre do ano passado com queda acumulada de 4,1% em comparação com igual período de 2013. No segundo semestre, a queda acumulada foi 3,9% também em relação a igual período de 2013. Já no índice acumulado para o ano de 2014, a atividade industrial recuou 3,2%, em comparação ao mesmo período de 2013, após também ter registrado queda (-2,3%) em 2012 e crescimento de 2,1% em 2013.
Segundo o IBGE, a queda de dezembro reflete resultados negativos em 17 dos 24 ramos pesquisados e nas quatro grandes categorias econômicas. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,8%), máquinas e equipamentos (-8,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%).
Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de produtos têxteis (-12,0%), de produtos diversos (-16,3%), eliminando o avanço de 17,2% verificado no mês anterior e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,6%).
Entre os cinco ramos que ampliaram a produção nesse mês, destacam-se confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,7%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,3%), bebidas (2,8%) e indústrias extrativas (0,5%).
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Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (que recuou 23,0%), assinalou, segundo o IBGE, a queda mais acentuada em dezembro de 2014. Esse recuo foi o mais intenso desde os 23,1% de queda verificados em janeiro de 2012.
Os segmentos de bens de consumo duráveis (-2,2%), de bens de consumo semi e não duráveis (-1,7%) e de bens intermediários (-0,8%) também registraram taxas negativas em dezembro, com os dois primeiros apontando três meses consecutivos de queda na produção. Neste período, esses segmentos acumularam quedas de, respectivamente, -6,8%, -4,3% e -3,0%, entre setembro e dezembro.
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