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A chinesa Chery está apostando na sua fábrica em Jacareí (SP) para alavancar a demanda reprimida por seus veículos. As vendas da montadora devem atingir, neste ano, 10 mil unidades e a meta, para 2015, é de 30 mil veículos vendidos no País.
"Nós tínhamos uma limitação, que era fruto da cota para importados", disse, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, o vice-presidente da Chery do Brasil, Luis Cury.
O executivo explica que o País enfrenta um cenário de retração e que a economia impacta diretamente os negócios da fabricante chinesa. "Nosso público é muito suscetível à disponibilidade de crédito", acrescentou Cury.
Na opinião dele, o aperto ao crédito ainda é grande. "As instituições financeiras continuam bastante seletivas".
A unidade brasileira da Chery será base de exportação para cinco países da América do Sul e a expectativa da montadora é exportar cinco mil veículos já em 2015 para Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Colômbia.
Apesar de projetar crescimento para o próximo ano, Cury é cauteloso. "No ano que vem, teremos um período de ajustes e estabilidade do mercado de automóveis em geral".
Fábrica da BMW
A alemã BMW deverá escoar os primeiros modelos Série 3 em sua recém-inaugurada fábrica de Araquari (SC) em novembro. Para o ano que vem, a previsão é que quatro modelos BMW e o Countryman, da subsidiária MINI, já entrem em produção. "O volume previsto de produção para 2015 é de cerca de 12,5 mil unidades dos cinco modelos", afirmou ao DCI a diretora de Relações Governamentais do Grupo BMW Brasil, Gleide Souza.
Segundo a executiva, o fato de a planta entrar em operação deixa a empresa com certa vantagem. "Se o mercado reagir, teremos condições de responder mais rapidamente".
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Em 2014, a BMW deve vender em torno de 16 mil unidades, alta de 10% em relação ao ano passado. "Este incremento poderia ter sido maior, pois certamente a Copa e as eleições impactaram nossas vendas", afirma o diretor de Vendas da BMW, Martin Fritsches.
Para 2015, a projeção da alemã é elevar as vendas para cerca de 18 mil unidades. "Se as condições do País se mantiverem como estão hoje, atingiremos nossa meta", destacou.
Cotas diferenciadas
A Kia Motors, líder de emplacamentos entre as importadoras no Brasil, está pleiteando junto ao governo cotas diferenciadas de importação conforme histórico das empresas.
"Nosso pedido é que o governo avalie cada caso separadamente", revelou o presidente da Kia no País, José Luiz Gandini. De acordo com ele, a montadora possui uma ampla rede de concessionárias e vende um volume muito maior do que as concorrentes.
"Impor a mesma cota para todas as marcas - sendo que vendemos grandes volumes - nos penaliza muito", avaliou. A Kia espera comercializar 22 mil veículos neste ano, abaixo das 26 mil unidades de 2013.
"Chegamos a vender 80 mil veículos por ano antes do novo regime automotivo", acrescentou. Em meados de 2012, o governo elevou o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos percentuais para veículos importados. Assim, a cota para importadores sem o incremento do imposto foi restrita a 4,8 mil unidades.
"Esse volume é inviável para nós. Só estamos pedindo uma cota que figure dentro da realidade de cada marca", ressalta Gandini. Ele afirma que, enquanto a matriz não bater o martelo sobre produção local, o governo precisa repensar o sistema de cotas de importação. "Meu desejo é produzir localmente, mas a decisão depende da matriz", lamenta.
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