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Nem só a JAC Motors está com o projeto de investimento no Brasil atrasado e viu serem cortados os benefícios na importação de veículos previstos no novo regime automotivo, o Inovar-Auto. A fábrica de caminhões da também chinesa Shacman em Tatuí, no interior paulista, também já deveria estar perto da inauguração, mas, após atrasos, a produção só deve começar mesmo no segundo semestre do ano que vem, conforme informa a empresa.
Nesse caso, o atraso é justificado pela revisão nos planos da empresa, que agora incluem maior nacionalização de componentes. Segundo o empresário Reinaldo Vieira, principal sócio do projeto da Shacman no país, as cabines e os chassis dos caminhões, que inicialmente seriam importados da China, serão produzidos no Brasil. A seleção dos fornecedores desses componentes, diz ele, só foi finalizada em junho deste ano. "Com isso iremos importar apenas os eixos da China, obtendo maior índice de nacionalização e eficiência logística na produção", conta.
Segundo ele, a empresa já encaminhou os documentos de atualização do projeto ao governo e agora aguarda o anúncio da renovação de sua habilitação no Inovar-Auto. A primeira habilitação da empresa, válida por um ano, venceu no dia 30 de junho. A Shacman - que chega ao Brasil pelas mãos de um representante local, a Metro-Shacman - prevê investimentos de R$ 400 milhões para produzir caminhões em Tatuí. A montadora está adaptando um galpão que antes era usado por uma fabricante de materiais de cerâmica.
De acordo com Vieira, a empresa investiu US$ 33 milhões neste ano na adaptação da fábrica, na instalação da linha de montagem e no desenvolvimento de fornecedores. Para 2015, mais US$ 100 milhões devem ser desembolsados pelo grupo para o início da produção.
Mas, mesmo antes disso, a montadora já faz planos de expansão e avalia a construção de uma fábrica maior em Pouso Alegre, em Minas Gerais. Os investimentos, porém, ainda não foram definidos nesse caso.
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"Nossa fábrica de Tatui tem uma área industrial de apenas 12 mil metros quadrados e área total de 57 mil metros quadrados, que compramos e adaptamos para iniciar a montagem. Não teremos muito para onde expandir e, por isso, já planejamos uma outra fábrica dentro de dois anos", explica Vieira.
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