Emprego industrial cai 3,1% em junho, a 33º queda consecutiva

Na variação mensal, emprego registrou queda de 0,5% com perdas no número de horas pagas e no valor da folha de pagamento real.

O emprego na indústria recuou 0,5% na passagem de maio para junho, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com junho do ano passado, o emprego industrial apontou uma queda de 3,1%, o 33º resultado negativo nesta base e o mais intenso desde novembro de 2009 (-3,7%). O emprego na indústria acumula queda de 2,3% no ano e retração de 1,9% em 12 meses. 

O emprego na indústria registrou queda de 0,9% no segundo trimestre de 2014 em relação ao período imediatamente anterior. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o recuo foi de 2,7%.

Também foram verificadas perdas no número de horas pagas e no valor da folha de pagamento real na passagem do primeiro para o segundo trimestre. Na série com ajuste sazonal, o número de horas pagas entre abril e junho foi 1,2% menor do que nos três primeiros meses do ano, enquanto o valor da folha de pagamento mostrou retração de 0,2% na mesma base.

No confronto do segundo trimestre em relação a igual período de 2013, o número de horas pagas caiu 3,6%. Já o valor da folha de pagamento real mostrou alta de 0,6%, na mesma base de comparação, informou o IBGE. 

Horas pagas

O número de horas pagas pela indústria, descontadas as influências sazonais, caiu 1,2% em junho ante maio. Em comparação com junho do ano passado, o indicador recuou 4,2%, a 13ª taxa negativa nesse tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%).

No ano, o indicador relativo ao número de horas pagas pela indústria acumula queda de 2,9%. Em 12 meses, a retração é de 2,3%.

Comparando o resultado de junho com igual mês de 2013, o IBGE revelou que as taxas foram negativas em todos os 14 locais pesquisados e em 16 dos 18 ramos pesquisados. 

Em termos setoriais, as principais influências negativas partiram do setor de meios de transporte (-8,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,6%), máquinas e equipamentos (-5,8%), produtos de metal (-6,9%), calçados e couro (-8,6%), alimentos e bebidas (-1,6%), produtos têxteis (-7,5%), vestuário (-4,2%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), todas na comparação com junho de 2013. Já os impactos positivos vieram de minerais não-metálicos (0,9%) e de produtos químicos (0,7%). 

Folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria caiu 2,4% em junho ante maio, segundo o indicador ajustado sazonalmente. No ano até junho, o indicador ainda registra avanço de 1,3%, enquanto em 12 meses a alta é de 0,7%. 

Em comparação a junho de 2013, a folha de pagamento na indústria em junho deste ano recuou 0,3%, interrompendo uma sequência de cinco meses de alta nesta base. Nesse tipo de comparação, foram registradas quedas em 6 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Minas Gerais, onde o recuo de 5,5% no valor real da folha de pagamento foi pressionado pela queda no setor de meios de transporte (-31,1%), devido à base elevada em junho do ano passado.

Ainda na comparação ante igual mês do ano passado, o IBGE destacou que o valor da folha de pagamento real da indústria caiu em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para meios de transporte (-2,9%), produtos de metal (-5,1%), máquinas e equipamentos (-2,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%), papel e gráfica (-3,3%) e calçados e couro (-4,6%). 


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