Fonte: Energéticas - 29/06/07
A energia gerada a partir da biomassa, a bioenergia, é a mais barata que o Brasil poderá produzir até 2013 para passar incólume pelo período crítico, quando não terá novos projetos de hidreletricidade para oferecer em leilão. Mário Veiga, presidente da PSR Consultoria, vê uma "janela de oportunidade" para a bioeletricidade com a escassez de novos projetos hidrelétricos em oferta no país.
Segundo ele, a biomassa - principalmente de sobras da industrialização da cana-de-açúcar - pode ser uma alternativa eficiente para sustentar o crescimento do consumo de energia elétrica. Considerando a expansão da área plantada até 2012, de 425 milhões de toneladas (ton) para 728 milhões/ton e a construção de novas usinas, Veiga calcula que se forem instaladas caldeiras mais eficientes para processar o bagaço de cana adicional, poderiam ser gerados 3 mil MW de energia. E mais, se um terço das usinas existentes modernizasse seus equipamentos, poderiam gerar mais 1.200 MW, superando a geração prevista nas usinas do Rio Madeira. Isso tudo a um custo relativamente baixo, já que seria necessário apenas comprar caldeiras mais eficientes para as usinas.
Além do volume expressivo de energia, os cálculos da PSR mostram que a bioeletricidade custaria R$ 109 por megawatt/hora (MW/h), mais barato que a hidreletricidade (R$ 112), que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), R$ 110 MW/h, as térmicas movidas a GNL (R$ 131 MW/h) e até carvão (R$ 145 MW/h) e óleo combustível (R$ 175 MW/h), que são grandes poluentes. Outro detalhe é que a bioeletricidade não substituiria a energia hídrica porque o período de safra é complementar ao regime hidrológico.
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