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A presidente Dilma Rousseff afirmou durante discurso de lançamento do navio Dragão do Mar, que ganhou as águas do Oceano Atlântico na última segunda-feira (14), que a indústria naval brasileira irá criar cerca de 20 mil novos empregos até 2017. Segundo ela, o saldo atual do setor é de 80 mil vagas de trabalho, número que passará dos cinco digítos (100 mil) nos próximos anos.
"Nós já multiplicamos os empregos por 10 nos últimos 10 anos. Em 2003, a indústria naval gerava cerca de 8 mil empregos e hoje está perto de 80 mil. Isso é algo que um país não pode abrir mão. Uma nação que leva em consideração a demanda da sua população por trabalho não pode ignorar esse crescimento. Eu tenho muito orgulho dessa cadeia que construímos. A Transpetro contrata, o governo federal financia e o Estaleiro Atlantico Sul (EAS) constrói. Dessa forma, estamos consolidando esse setor no Brasil", explica.
Na sua fala, a presidente detalhou a forma como o seu governo tem investido na indústria naval e na política da compras nacional. "Nós reconstruímos essa indústria primeiramente porque mudamos a política de compras do Brasil. Agora, a gente pode comprar fora para construir aqui. Muita gente não sabe, mas já fomos a segunda maior indústria naval do mundo. Só que os governos não investiram nisso e houve uma grande derrocada no setor. Não havia incentivo, nem políticas de compra. Ao mudarmos essa regra, garantimos nossa produção e, hoje, 10 estados da federação têm estaleiros ou plantas que dão sustentação a indústria naval", reforça.
A presidente ressaltou também que, além dos estaleiros Altântico Sul e Promar, o Complexo Portuário de Suape está aumentando sua capacidade de receber cargas com incentivos federais. "Estamos investindo R$ 1 bilhão em obras de dragagem e construção de terminais. Vamos expandir esse porto. Pernambuco nem tinha indústria naval e hoje é um estado que se destaca, tendo ainda a Refinaria Abreu e Lima e outros grandes investimentos. E foram esses incentivos que viabilizaram a localização da indústria automobilística (fábrica da Fiat) aqui. Ao longo da história, o Nordeste sempre ficou em segundo plano. Não no governo do presidente Lula, nem no meu governo."
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Dilma continuou o discurso enfatizando que tem muito orgulho dos trabalhadores de Ipojuca. "Sei que as pessoas aqui têm diversas origens. Temos açougueiros, faxineiras, cortadores de cana que hoje são profissionais da indústria naval brasileria. Indústria que nós precisamos para nos transformar cada vez mais em um país rico e não exportar para fora do Brasil o que temos de mais sagrado, que é o emprego das famílias. Todo nosso esfoço é para criar oportunidade para os brasileiros e nos próximos três anos, vamos continuar criando."
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